Uma mulher, na Austrália, havia conquistado um emprego de CIO (Chief Information Officer) em um órgão governamental australiano com um salário pomposo: 185 mil dólares anuais, mas acabou sendo presa depois de julgada, sendo condenada a 1 ano de prisão, segundo notícia da CNN.
O problema é que se descobriu cerca de um mês mais tarde, através de suspeitas de sua saúde mental que se deteriorava, que ela tinha mentido no CV. A mentira foi bem longe: ela se passou por um de seus pretensos empregadores para poder dar ótimas referências de si mesma para a vaga, ainda contratou seu irmão para uma função para a qual ele não tinha as qualificações e finalmente utilizou foto, dados referentes a formação acadêmica e trajetória profissional falsos no LinkedIn.
O juiz considerou a premeditação e prejuízos causados por ela poder ter tido acesso a dados governamentais sensíveis, daí a prisão, a despeito das condições mentais dela.
Mentir no CV pode não levar você para a cadeia, mas pode queimá-lo seriamente no mercado de trabalho, ainda mais num mundo altamente conectado como o atual, onde rastros de erros cometidos ficam cada vez mais difíceis de apagar na internet.
Além do mais, más notícias e erros que cometemos sempre se espalham mais rápido do que os sucessos que atingimos de forma honesta, portanto, não arrisque seu futuro profissional com uma mentira, ou ela poderá custar caro, podendo afastá-lo do radar das boas empresas no mercado de trabalho, no mínimo, por um longo tempo.
“Mas eu não minto no CV, esssa não é pra mim!!” – Você pode dizer, mas veja por outro lado…
O mentiroso consciente pode não ter remédio, mas tem aqueles que acabam passando por mentiroso por descuido, sem perceber… quantos por aí não podem estar perdendo vagas de emprego por informações conflitantes e que passam uma imagem tão negativa, e sem que se dêem conta disso?
Vou deixar três dicas aqui que podem livrar a cara daquelas pessoas bem intencionadas como eu e você, mas que por descuido, podem acabam se passando por mentirosas. Revise esses três pontos no seu CV e perfil no LinkedIn:
1 – Formação acadêmica: cuidado com aquele curso que você colocou como concluído dando como certo de que iria terminá-lo, mas não o fez e depois acabou esquecendo de atualizar o perfil no LinkedIn e o CV.
2 – Experiência profissional: cuidado com atribuições infladas ou ambíguas no descritivo do seu histórico, que pode levar a recrutadora a entender algo completamente diferente da realidade.
3 – Fluência num segundo idioma: cuidado para não superestimar demais seu nível. Não é uma ciência exata, mas é necessário bom senso pra não extrapolar colocando um nível muito além do que se tem nas habilidades de escrita, leitura e compreensão do idioma em questão. Veja dicas de como colocar seu nível de conhecimento de um idioma de forma clara no CV
Sem fazer a devida revisão do CV e perfil no LinkedIn, depois fica difícil explicar para o recrutador mais tarde na entrevista o porque as informações não baterem, dando a impressão de que você mentiu para ganhar vantagem sobre outros candidatos.
Se essa impressão se confirmar na cabeça deles, sua candidatura já era, mas sempre pode piorar mais um pouco: essa recrutadora conhece provavelmente outros recrutadores e poderá falar de seu perfil de forma negativa, fechando mais portas do que você imagina, então leve isso bastante a sério.
E aí, quais outros cuidados poderíamos tomar para não acabar com a imagem desmerecida de desonesto no CV? Deixe sua opinião!
A notícia da CNN, sobre a mulher presa devido a mentira no CV, pode ser acessada aqui
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