Currículo: Por que tão pouco tempo nas empresas onde passou?

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“Você passou por três empresas em três anos…humm… Por que tão pouco tempo? O que o fez mudar em tão curto período?” Essa é uma das perguntas difíceis que todo entrevistado com currículo rodado em poucos anos tem que responder. E mesmo sabendo que isso será questionado, a dificuldade em elaborar uma boa resposta é a mesma.

Velhos tempos…

O mundo mudou muito. Antigamente, quando se falava em ficar muito tempo em uma empresa, falava-se em muito tempo mesmo, algo em torno de 15, 20 anos. Não era surpresa uma pessoa ter passado por somente 1 ou 2 empregos em toda sua carreira profissional.

Mas a insatisfação com chefia, ambiente e condições de trabalho ruim, salário defasado, sobrecarga desumana de trabalho, instabilidade das empresas, promessas não cumpridas, enfim são muitos motivos que nos fazem abandonar tudo e trocar de emprego, arquivar aquele projeto que sonhávamos realizar e que de alguma forma nos sentimos barrados por alguns dos motivos citados acima ou qualquer outro. E assim trocamos de barco.

Ficar muito tempo em uma empresa só hoje em dia é estacionar no tempo, a menos que, em raras exceções, haja políticas de remanejamento interno que lhe dê opções de respirar novos ares dentro da mesma empresa, assumindo novas posições ou áreas, cidades ou até países diferentes. Porém, ficar pouco tempo em várias empresas também é bastante perigoso, tanto para o desenvolvimento profissional (projetos incompletos, mal-acabados são algumas das consequências de passagens muito rápidas) quanto para a imagem. Veja:

Segundo a ComputerWorld, uma pesquisa feita pela Catho Online , entre os meses de março e abril/2009, com  16.207 profissionais de grupos privados revelou que o período ideal de permanência de um funcionário em uma empresa é de 3 anos e meio.

Essa permanência tem mais relevância ainda ao subir os degraus da hierarquia nas organizações, segundo avaliação da pesquisa, veja:

Gerentes e supervisores também não veem com bons olhos a curta permanência nos empregos anteriores, já que 84% deles possuem restrições em relação ao funcionário que pula de “galho em galho”, ante 89,3% dos presidentes e diretores.

Lógico que isso não é uma ciência exata. A questão das realizações no âmbito profissional relativiza um pouco essa questão de tempo. Afinal de contas, de que adianta alguém ter a estabilidade requerida pelo mercado de trabalho mas não conseguir listar realizações relevantes para as empresas por onde passou?

E você, chegou a passar pelo “tempo ideal”, na visão do mercado, nos empregos anteriores? O que mais o motivaria a ficar muitos anos em uma empresa só?

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