O Contato Telefônico: Sua Entrevista de Emprego Já Acabou e Você Nem Percebeu

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Você se lembra bem do último contato por telefone sobre uma oportunidade de emprego? Como se saiu?

Há situações em que lamentamos por não sermos chamados para uma entrevista depois de um contato telefônico, mas o fato pode ser justamente outro: fomos reprovados já naquele momento, nossas chances de avançar no processo de seleção acabaram-se ali.

Portanto, não se engane, seu processo de seleção já começou ANTES da entrevista em si, o que deve fazer você levar bem a sério essa sondagem “informal” por telefone e as dicas que virão a seguir para se preparar.

Ok, o contato telefônico serve, nesse caso apenas como um filtro inicial a fim de verificar as qualidades do candidato, pretensões salariais e outras informações relevantes antes de partir para uma entrevista mais formal.

O problema é que mesmo nesse ponto, devido a certa informalidade inicial, muitas pessoas agem com certa displiscência, e acaba por transmitir vários sentimentos indesejáveis (ansiedade, nervosismo, etc) nesse momento, que podem sinalizar um perfil inadequado à vaga em questão.

Por isso é bom ficar atento às 5 dicas da Juliana Nascimento e Elaine Saad, consultora da DMRH, empresa especializada em recrutamento e seleção de profissionais:

  • Relaxe
    Esse contato existe apenas para confirmar algumas informações. “Trabalhamos com um mercado aquecido e com muita gente que se inscreve para uma vaga. Se eu chamar todo mundo que manda currículo, eu vou passar meses e meses fazendo essa checagem”, diz Juliana. Por isso, calma! Responda aquilo que lhe for questionado e seja objetivo.  “Respostas curtas, objetivas, se restrinja a responder aquilo que o selecionador questionar sem alongar muito a conversa”.
  • Só fale se puder
    Não caia no erro de falar num momento em que não pode. Se estiver num local impróprio (no trabalho, por exemplo), avise o selecionador e peça para que ele retorne em outro momento, aconselha Elaine. “Melhor sinalizar o selecionador de que não pode falar, do que dar meias respostas e passar uma imagem ruim”, diz Elaine.
  • Seja sincero
    Não invente dados, não minta. Além de não ser uma atitude ética, isso levará a perda de tempo, para você e para o selecionador. Geralmente, o processo tem várias fases e em uma delas, você será descoberto, por isso diga a verdade. “A melhor resposta é a sinceridade, afinal o candidato também não sabe o que o recrutador está buscando”, diz Juliana.
  • Questione
    “O candidato pode fazer perguntas, não precisa só responder o que é perguntado. Pode questionar sobre o perfil, o que a empresa está buscando, o escopo de trabalho, a região da empresa, o seguimento de negócio”, diz Juliana. Cuidado apenas para não entrar em detalhes muito fechados. “Faça perguntas que sejam essenciais para sua tomada de decisão, coisas que você sabe que podem fazê-lo rejeitar ou não a oportunidade”, aconselha Elaine, que lembra: “Assunto salário deve ser iniciado pela empresa, não pelo candidato”.
  • Só aceite se tiver interesse
    “Às vezes o próprio candidato percebe que a vaga não tem o escopo que ele procura”, diz Juliana. Neste caso, não hesite, explique ao selecionador que a vaga não está de acordo com o que você busca, agradeça e se mostre disponível para outras oportunidades. Neste momento, mais uma vez, é preciso ser franco. “Seja sincero em todos os sentidos, desde dizer que não pode falar no momento, até sobre seu interesse ou não na oportunidade”, aconselha Juliana.

Muitos fatores fora de seu controle no momento podem contribuir para que você não continue no processo seletivo.

Talvez nesse contato inicial com alguns candidatos, outros se apresentaram com um perfil mais adequado às necessidades da empresa e então o processo não evolui no seu lado.

De qualquer maneira, planeje-se para que você não perca uma boa oportunidade por questões simples – mas que facilmente podem passar despercebidas – como essas apresentadas.

Uma boa impressão é importante no papel ou no perfil do LinkedIn, que é o momento antes do contato telefônico, mas a primeira interação pessoal tem um valor muito maior, não só pra você começar a cativar a atenção do recrutador ali, mas também pra você otimizar seu tempo ao fazer algumas perguntas estratégicas antes de se arrepender ao sair de casa pra uma entrevista e perceber que perdeu seu tempo com algo totalmente fora do seu perfil e pretensões.

E aí, isso já aconteceu com você?

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