Liderar, apesar de ser uma arte, é algo que também se aprende e se aperfeiçoa. Muitos dos nossos líderes nos departamentos e empresas de TI entendem o suficiente para serem justamente criticados por seus subordinados.
Falta de conversa, compreensão, humildade, de inspiração e confiança, para não alongar muito a lista, são muitos dos motivos para a falta de engajamento de muitos funcionários na empresa.
Hoje em dia, principalmente na área de TI não é mais possível segurar o funcionário porque “tem muita gente querendo trabalhar e implorando por um emprego desses”. Não na área de Tecnologia da Informação, ao menos.
Tem muito líder por aí, quero dizer, chefe, perdendo funcionários, e o pior, pensando que é por causa dos 100 reais a mais que ele vai ganhar no outro emprego… ledo engano… Tem muito mais coisa em jogo que ele não percebeu ou pior ainda, não quer ver.
É preciso se enxergar e se perguntar o porque da equipe não render o suficiente, e começando a analisar o problema a partir do próprio umbigo, trazendo a responsabilidade para si.
Um excelente artigo da ComputerWorld estruturou algumas etapas que podem ser seguidas por todos os líderes que pretendem fazer uma diferença positiva na vida de seus comandados, veja:
Etapa 1 – Treine a habilidade de escutar. Faça um planejamento para os próximos meses e defina objetivos a alcançar.
Etapa 2 – Crie seu modelo de treinamento. Como você poderá despender tempo com cada um dos seus funcionários? Quanto tempo cada sessão poderá durar? Sugiro começar com uma sessão de 60 minutos ao mês. Muitos líderes têm preferido falar com todos os funcionários num mesmo dia ou em dois, no máximo.
Etapa três – Faça o convite pessoalmente para conquistar os funcionários. Compartilhe suas expectativas e seu desejo de que alcancem níveis superiores na empresa. Deixe claro que, durante as conversas, eles serão o assunto.
Etapa quatro – Não fale apenas uma vez com cada um. Dê um feedback, com suas impressões, suas conclusões.
Etapa cinco – Faça relatórios sobre as conversas, com os temas discutidos e possíveis acordos – você se comprometeu a entregar algo ou estipulou datas para algumas definições? Antes de cada nova sessão de conversa, leia o que escreveu, para não deixar erros e promessas vazias.
Se você tem um chefe que apresenta deficiências nesse sentido, que tal tentar ajudá-lo? Somente críticas não resolve o problema, é preciso parceria, trabalho em equipe e ciência de que seu chefe também é um sujeito humano, passível a todo tipo de erros, como eu e você.
Então, para ajudá-lo, pode começar por indicar este artigo. Claro, é preciso antes perceber se há abertura para isso com ele, para não você se queimar.
No mais, caro líder, tente entender o que está por trás das reclamações e insatisfação de seu pessoal. Infelizmente não existe mágica nem atalho, é preciso conversar muito e conhecer bem as pessoas para poder o extrair o melhor delas ao mesmo tempo em que lhes dá o melhor de si, numa saldável relação ganha-ganha.
Agora, caso ignore estes conselhos, depois não adianta ficar reclamando com a concorrência por ter suas equipes desmontadas eventualmente com a perda de seus talentos…
O artigo Cinco passos para tornar-se um bom líder de TI tem ainda alguns outros conselhos interessantes os quais recomendo, veja-o na íntegra.
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