Candidato Super-Qualificado: Duas dicas de Ouro para Conquistar a Vaga de Emprego

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Um grande problema que frequentemente ocorre com quem busca uma nova oportunidade no mercado de trabalho é não se enquadrar dentro do perfil da vaga.
Ao receber essa resposta padrão dos recrutadores, uma das primeiras coisas que vem a nossa cabeça é se temos ou não a competência necessária na visão da empresa. Quando somos rejeitados num processo seletivo, é normal nos sentirmos um pouco decepcionados e subestimarmos nossa capacidade, afinal somos todos humanos e rejeição dói, e dor física segundo os psicólogos.

Por outro lado, existem mais coisas por trás da frase padrão “Seu perfil não se encaixa nesta oportunidade…” do que imagina a vã filosofia. Uma delas que pouco refletimos sobre, é a super-qualificação. Caso você não saiba, um candidato super-qualificado é alguém que tem muito mais experiência/expertise do que a vaga exige para a execução de suas atribuições.

Embora ter qualificações demais a primeira vista seria ótimo para a empresa (quem sabe mais agrega mais valor, certo?), tem um outro lado, sombrio: um profissional super-qualificado poderá facilmente se desmotivar com as atribuições do cargo, com a falta de desafios, salário mais baixo, etc, sendo assim um sério candidato a aumentar a rotatividade de pessoal na empresa. Ou seja, a pessoa aceita o emprego e dentro de alguns meses já está saindo desse emprego “quebra-galho”. Essa troca gera um enorme desgaste na empresa com custos de contratação, demissão, treinamentos, enfim, um terror que a empresa tende a evitar a todo o custo.

Agora a grande questão é: como não parecer super-qualificado aos olhos do recrutador?

O primeiro grande passo passa pela reestruturação do seu CV. A título de exemplo, você não pode almejar uma vaga de pedreiro e colocar no currículo que foi mestre de obras. Basicamente é preciso dar a informação necessária, nem mais, nem menos. Se a empresa procura um pedreiro, mostre todas as suas qualificações e experiência para provar que você é um pedreiro competente, capaz de dar conta do trabalho.

Quando você coloca no CV que tem X anos como mestre de obras para uma vaga de pedreiro, você está passando uma mensagem mais ou menos assim ao recrutador: “Olha, estou aceitando voltar a trabalhar de pedreiro mas na verdade sou mestre de obras, se não tiver maiores oportunidades e achar coisa melhor no mercado depois de começar a trabalhar com você, vou sair!”

Então o que deve fazer é omitir as experiências, habilidades e formação acadêmica não relevantes para a vaga em questão. Afinal, de que interessa a empresa contratar um analista desenvolvedor com mestrado em computação?

Embora estejamos falando da mesma área neste caso, dificilmente o fato de você ter um mestrado vai contar a seu favor na concorrência por uma vaga de analista desenvolvedor. E me arrisco a dizer que pode mais jogar CONTRA você porque poderá passar a mensagem de que é um profissional mais caro por isso, levando o recrutador a deixá-lo em segundo plano.

Neste caso, entenda muito bem o que é exigido e coloque o necessário, que pode ser sua formação universitária na área. Deixe para falar do mestrado quando estiver concorrendo para uma posição superior já trabalhando na empresa. Faz sentido?

Ah, mas e meu perfil no LinkedIn? Não vai testemunhar contra mim quando for pesquisado pelo recrutador? Boa pergunta!
Por isso que disse para omitir imformações, não mentir no CV. Deixamos cada vez mais rastros digitais e as empresas estão mais preparadas hoje em dia para desmascarar falsos perfis por aí, fique atento.

Vamos a segunda dica:

O segredo está em omitir como disse acima, mas não para por aí: Você tem que expandir:
Expandir experiências/habilidades para comprovar que é competente para aquela posição

Seja detalhista nas atividades e projetos que executou de forma a dar uma visão mais clara ao recrutador de que você realmente colocava a mão na massa e conhece do negócio, que não se trata apenas de sopas de letrinhas artificiais.

Portanto se você busca um novo emprego, atente-se a esses dois pontos fundamentais. O currículo é a chave que abre portas para entrevistas de emprego e uma vez na frente do recrutador, você poderá divulgar mais informações se sentir que será relevante para uma decisão dele(a) em seu favor.

Expando esse pensamento com um trecho de um artigo da Computerworld:

Esclareça suas intenções

Não seja tímido quanto a suas intenções. O recrutador provavelmente terá ressalvas a seu respeito, como sua permanência pretendida ou a falta de desafios – todas boas razões para não contratar alguém. Evite isso ao esclarecer logo de cara seus motivos para querer o trabalho, ajudando-o a compreender suas intenções.

É provável que os responsáveis por analisar seu perfil tenham medo de que você largue a vaga pela primeira oportunidade de um salário maior. Explique que deseja uma posição menor e por quanto tempo planeja permanecer nela.

As empresas não procuram pessoas que desejam permanecer por pouco tempo ou que se entediem facilmente. Elas querem alguém que invista na posição e que apoie a equipe. Deixe que saibam que você tem toda a intenção de levar o emprego a sério. Fonte: ComputerWorld

Contenha-se no CV, não deixe que o orgulho de querer divulgar suas conquistas e realizações ou ainda a preguiça de mandar o CV “assim mesmo” façam com que as portas se fechem para você, pois é isso que provavelmente vai acontecer se perder estes conselhos de vista. Boa sorte!

…e não se esqueça de comentar sobre sua experiência abaixo na seção de comentários! 🙂

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Discussão

  1. Paulo Vaz

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