Desculpe, mas seu perfil não atende ao que estamos procurando no momento… Você ouviu uma frase desse tipo em algumas de suas últimas entrevistas, pegando-o de surpresa? Não é porque a demanda por profissionais de TI segue em alta que as empresas vão afrouxar seus processos e abrir mão de seus valores, contratando sem critério.
Claro, há recrutadores pessimamente preparados para processos de seleção especializados como o de profissionais de TI, sem dúvida. Porém devemos ter cuidado com avaliações errôneas, o que é fácil de ocorrer, pois botar a culpa nos outros, no sistema, alivia um pouco a dor do nosso fracasso momentâneo.
Por isso, sempre é bom ficar atento a dicas de especialistas como as descritas abaixo. São 10 pontos que podem fazer toda a diferença entre ser ou não contratado por aquela empresa na vaga tão sonhada:
1 – Envie o currículo somente para as vagas com o seu perfil
Inicie bem o processo seletivo ao candidatar-se apenas para as vagas adequadas ao seu nível de conhecimento nas linguagens e tecnologias que a empresa requer. Muitos entrevistadores usam o contato pessoal apenas para checar se é verdade o que o candidato informou no currículo. “Não basta ler a descrição da vaga e supor que consegue atuar naquela função, é preciso fazer uma reflexão íntima sobre se você está preparado para aquele cargo”, diz Aryane Souza, analista de recrutamento especializada na seleção de profissionais de TI.
2 – Tenha sempre um pen drive com o seu currículo e portfólio
Mantenha os documentos no formato digital para evitar a perda de exemplos de trabalhos realizados ou a citação de cursos recém-concluídos. Se necessário, forneça uma cópia ao recrutador. “É comum entrevistar candidatos que fizeram um treinamento enquanto esperavam pela entrevista de emprego, especialmente cursos online. Esta última opção é ótima para ampliar o conhecimento em outras tecnologias e podem fazer toda a diferença no momento da seleção”, explica Aryane.
3 – Fale sobre a qualificação técnica de uma maneira fácil
Tente resumir as experiências e facilite o entendimento por parte do recrutador. O objetivo é fazer o profissional de RH captar o teor da conversa da melhor maneira possível.
“Sou analista de RH especializada em TI, mas nem sempre o responsável pela entrevista tem o mesmo conhecimento técnico que o candidato. O recrutador precisa captar o que há de mais importante na conversa e, se ele não entender o que o entrevistado faz, pode passar um parecer ruim ou distorcido ao gestor do cargo”, alerta a especialista.4 – Não minta para tentar ser aprovado
Ainda segundo Aryane, se o candidato não possui um requisito exigido, o máximo que ele pode fazer é falar sobre outros conhecimentos. A pessoa pode dizer, por exemplo, que nunca atuou com computação em nuvem, mas citar que trabalha com outras tecnologias e demonstrar conhecimento de outras áreas.
“Jamais faça do seu currículo uma “sopa de letrinhas” a fim de demonstrar amplo conhecimento em várias linguagens e tecnologias até porque nesta área não tem como enrolar ou fingir. Uma apresentação simples e estruturada é melhor do que um documento com três páginas. Os CIOs e profissionais responsáveis pelas vagas não têm tempo livre para ler um currículo extenso” comenta.
5 – Exercite outras habilidades
É recomendável demonstrar, além do conhecimento técnico, algumas qualidades em áreas comportamentais como liderança, empreendedorismo, capacidade analítica e foco no resultado com o objetivo de ser um bom candidato no processo seletivo de TI.
“Trabalhar com prazos muito curtos, lidar com diferentes temperamentos e saber explicar um item para um leigo ao mesmo tempo em que consegue detalhar para um CIO são habilidades exigidas pelos gestores, além de saber, nem que seja o básico, sobre documentação, levantamento de requisitos, testes e outras habilidades que são usadas principalmente pelas consultorias”, afirma Aryane.
Ainda segundo a especialista, a pessoa que possui facilidade em desenvolver trabalhos em grupo tem mais uma vantagem porque em TI os trabalhos são segmentados e divididos por projetos.
6 – Cuide da aparência, mas não exagere
A melhor maneira de acertar no visual é perguntar ao recrutador o traje recomendado para a ocasião. “Não precisa usar gravata se a vaga não exigir, ou uma roupa informal demais a ponto de usar bermuda, chinelo e cabelo despenteado. O mais relevante para a área de TI é demonstrar ser um excelente técnico e ter um bom perfil pessoal”, afirma Aryane.
7 – Comente os projetos da antiga empresa
É provável que a recrutadora pergunte sobre a participação em trabalhos desenvolvidos nas companhias onde o profissional atuou. Segundo a especialista, estas questões avaliarão o nível de interesse do candidato. “Alguns profissionais evitam participar se os projetos fazem parte de outra área ou outro colaborador lidera o trabalho. Neste momento, o recrutador também verificará o nível de proatividade”, explica.
8 – Faça um planejamento de horário se a vaga é de trabalho remoto
O home office é comum em TI e permite que o candidato trabalhe para outras empresas, desde que a pessoa entregue o projeto com uma qualidade satisfatória.
Se possuir outro emprego, deixe isso claro para o entrevistador. “Não minta. Há empresas que usam sistemas de monitoramento que geram relatórios com base nas ações feitas no computador”, diz Aryane.
9 – Não fale somente sobre dinheiro
Começar a entrevista e perguntar sobre o salário significa perder pontos. A especialista diz que o mercado de TI está aquecido e por isso alguns profissionais perdem a noção do bom senso. “Há pessoas que iniciam a conversa dizendo que aceitam a vaga somente se a empresa pagar acima de seis mil reais, mas sequer possuem a habilidade exigida. Outros candidatos são rejeitados porque deixaram a impressão de que têm enfoque apenas em ganhar mais dinheiro”, afirma.
10 – Amplie o networking mesmo se não for escolhido
Ser reprovado em um processo seletivo não evita a participação em novas entrevistas de emprego. Manter contato com a recrutadora para acompanhar a abertura de vagas na área é importante, mas jamais peça para ser amigo no Facebook, Orkut ou MSN.
“É recomendável ficar atento às fontes das vagas e o LinkedIn é perfeito para conversar com os profissionais de RH. Há também os candidatos que enviam e-mail periodicamente. Networking não é só com colegas de trabalho”, afirma. A especialista também indica pedir um retorno ao recrutador com o desempenho da entrevista e os motivos que levaram à rejeição.
Se ainda não teve tempo de pensar nestas questões por estar afundado em questões técnicas, talvez seja a hora de equilibrar as ações e assim enfrentar as próximas entrevistas com mais probabilidades de sucesso. Repense seus passos, simples ajustes podem recolocá-lo no caminho do sucesso na corrida para seu próximo emprego, ok?
As dicas foram extraídas do artigo da INFO.
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