A Grande Vantagem de se Estudar numa Faculdade Mediana ao invés de uma TOP de Linha

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 graduation

Quase sempre quando as pessoas perguntam sobre a formação acadêmica de alguém, querem saber mais do que simplesmente o que ela fez na faculdade: querem saber onde estudou. E me arrisco a dizer que muita gente não vai nem se lembrar que curso aquela pessoa “ultra-power-mega-inteligente” fez, mas a faculdade onde estudou (USP, Federal, etc), ah, isso sim vão lembrar na hora!

E o motivo disto é simples: tradicionalmente, o senso comum relaciona uma faculdade mais difícil de entrar/de se formar como um indicativo de inteligência. Logo, aquela pessoa que se formou na faculdade mais difícil do pedaço teoricamente é mais inteligente ou está mais preparada para os maiores desafios no mercado de trabalho. TEORICAMENTE…pois na prática esta suposição tem cada vez mais se provado falsa, vamos ver por que?

Ok, mas antes…Por que damos tanto valor a instituição em si, até mais do que o curso e outros fatores importantes?

O motivo mais óbvio é a qualidade do serviço prestados por essas instituições de ensino, mas mais que isso ainda, a reputação que elas conquistaram em décadas e décadas de existência. Mas existe um problema: essas renomadas instituições, onde muita gente ainda sonha estudar, sofre com grande concorrência por suas vagas, ano após ano. Ok, mas onde está o problema??? Isto é bom, não é?

Sim e não. SIM, é bom porque essas instituições perduram por causa disso (altíssima demanda). Agora o outro lado: NÃO É BOM porque, com todo esse conforto, essas instituições permanecem deitadas em berço esplêndido, ou seja, não procuram evoluir na velocidade que deveriam (principalmente no Brasil, onde investir em educação é um luxo…) para atender as necessidades do mercado de trabalho. O resultado é que, mesmo com um carimbo de uma faculdade TOP no currículo, muitos desses estudantes não conseguem alcançar o salário e o prestígio prometidos pelo marketing que os seduziram no passado por terem sua formação baseada em teorias difíceis de serem convertidos para a prática. E dá-lhe frustração…

E o que é pior, o nível de dificuldade a que esses estudantes foram submetidos os limitaram em seu tempo de modo que pouco puderam agregar em seu currículo durante o curso universitário, como fazer cursos extra-curiculares (por exemplo, muitos vão fazer inglês somente depois de se formar, perdendo ainda mais 1 ou 2 anos para estar pronto para o mercado).

E é aqui que está o grande diferencial, o pulo do gato que faz com que aquele estudante de escola mediana dê um salto a frente da concorrência formada nas melhores universidades: Os estudantes chamados por muitos de medianos (na teoria), durante seus cursos, que são menos exigentes no grau de dificuldade na média, podem correr para o mercado de trabalho e começar a ajustar seu perfil as necessidades dele (Através de cursos profissionalizantes, estágios, etc) de modo que quando terminem seus cursos, estejam bastante próximos daquilo que o mercado procura, praticamente prontos para gerarem resultados.

E adivinhe quem ganha a concorrência numa vaga de emprego entre esses dois diferentes candidatos? O candidato que tem formação universitária “mediana”, afinal a empresa vai ter que gastar menos para complementar a formação deste para que comece a produzir resultados logo.

Mas Ok, você vai me dizer que muitas empresas ainda contratam com base na faculdade na qual o candidato se formou, mas isto está mudando, e rápido. Numa entrevista neste ano, o chefe de contratações do Google falou sobre isso e disse que nem mesmo ter um diploma universitário é pré-requisito para um candidato a uma vaga numa das empresas mais desejadas para se trabalhar no mundo.

Falando da minha experiência, dois grandes bancos nos quais trabalhei no Brasil nos últimos anos tiveram mudanças drásticas nas práticas de contratação, passando a trazer para dentro pessoas dos mais diferentes níveis de faculdades, digamos assim, muitas pouco conhecidas e novas, mas pessoas talentosas, altamente capacitadas. Quem diria que num passado recente essas pessoas teriam portas abertas em grandes empresas como essas? E os resultados tem mostrado que as empresas estão tomando uma sábia decisão ao deixar de lado esse preconceito contra alunos de faculdades medianas.

Enfim, você, que não teve o privilégio de estudar numa faculdade diferenciada no quesito tradição, tem uma grande vantagem competitiva no final das contas, portanto transforme esse limão que a vida lhe deu numa bela limonada, busque saber o que atrai o mercado de trabalho e corra para preencher as lacunas que faltam no seu perfil profissional, sempre com foco nas habilidades mais demandadas.

Quando você fizer isso, terá dando um passo gigante em direção da conquista daquela vaga de emprego ou promoção, e acredite, não importa quão pomposa seja a faculdade que seu concorrente tenha se formado.

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