Bom relacionamento é uma das chaves de sucesso para qualquer carreira profissional em qualquer ramo no mercado de trabalho.
Mas tem uma pessoa nesse nosso círculo profissional que a muitos causa arrepios quando deve conversar com ela ou mesmo a ela se referir: essa digníssima pessoa (ou não tão digna assim em alguns casos) é o seu chefe.
Sim, não é nada recomendado relaxar no comportamento com os colegas, o que pode prejudicar em muito sua imagem. Veja bem, “apenas” prejudicar num primeiro momento.
Mas quando a situação envolve diretamente seu chefe, aí, meu amigo, o prejuízo pode ser dos maiores imagináveis, entre eles a demissão.
Aí não importa muito se você entrega resultado com qualidade ou deixa de entregar, o negócio começa a ficar pessoal, especialmente quando não o profissional corajoso não sabe usar as armas corretas no momento mais apropriado para passar sua mensagem sem se apresentar como inimigo perante quem tem a autoridade de lhe mandar para a rua.
Juliana Almeida Dutra, especialista em gestão de pessoas e clientes e diretora executiva da Deep – Desenvolvimento e Envolvimento Estratégico de Pessoas e Clientes, citou num artigo do UOL, 10 dicas para voce manter uma relação sadia no seu ambiente de trabalho, ao mesmo tempo em que vende suas idéias com inteligência, sabendo a hora certa de expor opiniões contrárias ao pensamento da gerência.
Veja qual das situações se identifica com o que você jã deve ter vivido em sua carreira profissional:
1. Se numa reunião, seu chefe pergunta aos outros membros da equipe o que eles acharam de um trabalho que você apresentou, não pense que ele está lhe expondo. Ele pode estar lhe dando a todos a chance de falarem o que pensam na sua frente e de você explicar o real motivo de cada decisão sua neste projeto. Nem toda oposição é pessoal, deve-se avaliar a situação com cuidado.
2. Aprenda a se colocar no lugar do outro. Pense: como eu agiria se estivesse no lugar dele? Muitas vezes reclamamos de nossos gestores porque não nos colocamos em seus lugares. Uma pessoa da minha equipe uma vez me disse “Sempre tive o sonho de ser gerente, agora que consegui, queria voltar atrás com o mesmo salário de hoje, mas como não posso terei que aprender a conviver com o nível de responsabilidade e exigências novo”.
3. Garanta que sua comunicação está alinhada à cultura da sua empresa e à cultura de gestão do seu gestor e que suas ações estão alinhadas no trabalho aos objetivos da sua empresa. Não, não é para mudar sua personalidade e nem para assumir máscaras que não são você. Mas para entender você como é e como estar inserido da melhor forma (mais favorável a você e à empresa) na relação com o seu trabalho.
4. Feedback não é um momento no qual você receberá somente coisas negativas. Algumas empresas têm utilizado este momento apenas para criticar e apontar aspectos negativos. Se isso acontece com você, faça uma pergunta após seu gestor lhe dizer os pontos negativos identificados por ele. Pense e sugira uma melhoria para aquele fato e pergunte: você acha que assim ficaria mais adequado? Eu tenho certeza de que a forma certa, utilizada na hora certa, lhe trará um outro tipo de relação.
5. O que a pessoa tem de bom? O que pode aprender com ela? Aproveite do momento e identifique pontos fortes em seu gestor, peça a ele que te mostre como fazer determinadas coisas e aprenda. Aprenda o que puder durante os relacionamentos que estabelece ou que a vida o leva a estabelecer.
6. Se você está certo de que nada dali é para você, avalie as oportunidades de futuro internamente e externamente e veja o que pode aprender, o que pode produzir que o ajudará a alavancar sua carreira a partir do “hoje”, do “agora”. Motivação não é algo que o outro nos dá, mas que nós temos que gerar constantemente. Identifique qual é a sua razão de existência e como tudo isso tem a ver com sua atividade e como pode aproveitar os momentos que está vivendo para melhorar sempre como profissional e ser humano, para conseguir desenvolver-se chegando preparado ao futuro que objetiva.
7. Muitas vezes, excelentes profissionais não alcançam seus objetivos porque seu comportamento está inadequado. Faça uma autoavaliação: você, durante seu dia-a-dia, é ríspido com os outros? Demonstra arrogância e desvaloriza o outro e sua produção no trabalho? Não valoriza a confiança dos seus colegas e utiliza-se de informações para se autopromover? Passa mais tempo conversando e reclamando e tentando prever o futuro do que fazendo seu trabalho? Não busca desenvolver-se?
Está o tempo todo querendo crescer, crescer, crescer, do dia para a noite, e não está disposto a dedicar-se para isso? Apresenta trabalhos que são feitos somente a partir da sua visão? Não presta atenção nas demandas que lhe são dadas? Não consegue visualizar o que sua função pode ter a mais e como ela pode crescer a partir da sua atuação?. Parece que não consegue sair do lugar porque a cada desafio dado sente medo e aí coloca-se como resistente? É centralizador e não consegue valorizar as contribuições de uma equipe de trabalho? Só critica as pessoas ao invés de tentar conviver com elas?
Se respondeu “sim” a muitas dessas perguntas, cuidado: você pode estar sabotando a si mesmo e deixando que sua vida lhe tome como vitima e não como ator.
8. Entenda quais são seus valores, necessidades e desejos reais a partir da sua vida e do seu trabalho. Nosso tempo deve ser usado para gerar resultados em nosso trabalho e sentido para a nossa vida. Há profissionais que, ao serem cobrados por resultados, entram em um ciclo de justificativas emocionais que com as mudanças atuais do mercado não funcionam mais. Agir é bem melhor que justificar. Pessoas que não estabelecem desafios pessoais e aí reclamam que sua vida é ruim porque nada acontece e que o outro no mínimo deve ter sorte que ela não tem. Mais uma vez coloque-se como ator e não como vítima.
9. Identifique o que você precisa receber dos seus relacionamentos do dia a dia para que se sinta no seu melhor. Avalie suas necessidades, algumas vezes levamos para o trabalho necessidades paternalistas e parecemos infantis e não profissionais. Liste suas necessidades e seus valores e veja se eles estão alinhados ao objetivo do ambiente.
10. Quais são suas metas de vida e no trabalho? Alguns responderiam: “não sei, ninguém nunca me disse”. Mas você pergunta? Procura saber as expectativas do outro e as suas para atendê-las? Seja ator de seus resultados!
Realmente são regras de ouro para quem pretende conviver de forma sadia com seus superiores. Não se trata de ser puxa-saco, mascarado ou aceitar tudo que nos impõem.
Temos que ter senso crítico, porém há maneiras mais efetivas de nos expormos, contra-argumentar, sem passar a impressão de que estamos jogando contra, de que somos pessimistas, resistentes ou outras características de cunho negativo.
Analise bem sua situação, talvez você esteja passando por um momento delicado com seus superiores e não conseguiu ainda definir qual realmente seja a raiz do problema.
A culpa pode não ser apenas do seu chefe. Ou pode, mas mesmo assim, a estratégia não deve ser o confronto direto, a menos que sua última intenção seja mesmo a troca de emprego.
Tem muita gente por aí que não para muito em emprego apesar de serem ótimos profissionais no lado técnico. Um dos possíveis problemas é que também são pessoas que acreditam que não ter papas na língua é uma qualidade.
Quem fala o que quer, age como quer e quando quer, não importa o tamanho do mercado de trabalho, terá cada vez menos oportunidades de se recolocar.
As 10 dicas foram publicadas pelo Canal Executivo do UOL.
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