O trabalho na área de TI proporciona grande flexibilidade, o que abre grandes oportunidades tanto para as empresas quanto aos funcionários e prestadores de serviço.
E algo que pode ser considerado já consolidado como opção viável para quem trabalha na área é o trabalho remoto. Sem chefe fungando no cangote, sem trânsito, enfim, sem o estresse do deslocamento diário, o que é muito bom, pois ao mesmo tempo em que as empresas reduzem seus custos com locação interna de pessoal, ganham também os trabalhadores.
Mas uma questão que sempre é debatida quanto a essa fora de trabalho: e quanto ao controle do trabalho que realizamos? Esta é uma questão que ainda precisa evoluir muito, já que o profissional que trabalha remotamente está teoricamente cumprindo com suas obrigações. Ok, quando não cumpre, é fácil de tratar, mas e quando terceiros não autorizados realizam seu trabalho?
É o que aconteceu com um “espertinho” nos EUA. Ele fingia que trabalhava mas na verdade outros o faziam por ele. Veja alguns detalhes da estória:
Que tal passar o dia vendo vídeos do YouTube ou procurando ofertas pela internet enquanto chineses, do outro lado do mundo, realizam suas tarefas profissionais por um salário muito menor do que aquele que chega todo mês na sua conta bancária?
Pois esta foi a rotina de um desenvolvedor de software americano durante cerca de seis meses, segundo estudo divulgado pela Verizon esta semana.
De acordo com o relatório, o americano de cerca de 40 anos contratou uma consultoria de desenvolvimento de software localizada na cidade de Shenyang, no nordeste da China, para fazer o trabalho que era responsabilidade dele.
Foram seis meses de moleza, só navegando na internet, e ainda por cima sendo avaliado como melhor desenvolvedor de software da empresa, tudo a um custo bem abaixo do quanto recebia anualmente.
A descoberta da tática do malandro:
A empresa descobriu esta rotina após perceber atividades diárias oriundas da China em sua rede privada virtual (VPN, na sigla em inglês). Segundo a Verizon, que investigou o caso, Bob liberou o acesso virtual ao seu computador para os chineses. A senha foi enviada via FedEX para burlar a autenticação da companhia.
Resumo da estória: acabou sem emprego e queimado no mercado. Poderia muito bem, no caso de projetos pessoais, trabalhar com esse tipo de tercerização, que aliás é uma forma bem inteligente de fazer negócios, com a globalização cada vez maior no mercado. Um método válido,porém, num cenário totalmente descabido, neste caso.
Nós, profissionais de TI, temos que ter extremo cuidado com o poder, em termos de acesso à empresa remotamente, que nos é conferido. Ética é um pré-requisito para qualquer um que queira prosperar no mercado e permanecer nele por um longo tempo.
Este artigo é baseado em publicação do site da Exame.
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