A Microsoft tem 6 mil vagas abertas nos EUA na área de Tecnologia. Sinal de retorno do crescimento na empresa, porém, com uma grande barreira pela frente: a falta de profissionais qualificados no mercado americano para preencher as ditas vagas (parece que quase nunca ouvimos falar desse tipo de problema aqui no Brasil, né…).
Imagine, os EUA, a terra outrora dos contos de fadas e da prosperidade financeira caiu na vala comum dos países em desenvolvimento, e igualmente sofre com milhares de desempregados e empregos sobrando que não se encaixam.
Ao mesmo tempo, existe a resistência do governo norte-americano ao aumento da emissão do número de vistos de trabalho (H-1B) e Green Cards, devido ao temor de que mais vagas sejam tiradas de seus cidadãos.
Mas aí surge a questão: como contornar esse problema de mão-de-obra e convencer a resistência do Governo para superar esse dilema?
Interessante foi a solução sugerida pelo executivo da empresa em artigo da ComputerWorld…
A novidade do pedido da Microsoft é que ela está defendendo a idéia do governo cobrar das empresas US$ 10 mil por visto H-1B liberado e US$ 15 mil por Green Card liberado para profissionais estrangeiros contratados por elas. A Microsoft recomenda ao Congresso norte-americano que aceite a idéia e utilize o dinheiro arrecadado – que pode chegar a 500 milhões de dólares por ano – em programas educacionais para Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática. A empresa produziu sozinha o plano e agora deverá se movimentar para conseguir apoio do mercado, dos grupos ligados a questões de imigração e dos políticos. De qualquer forma, o resultado só será visto no próximo ano.
Tem dúvidas ainda sobre o visto H-1B? Veja o parágrafo abaixo:
O visto H-1B é emitido por um Consulado/Embaixada para um estrangeiro permitindo que ele trabalhe nos Estados Unidos temporariamente. O visto é concedido por “capacidade profissional”, ou seja, para profissionais que, por causa de sua formação universitária estão aptos a trabalhar em posições específicas definidas pelo empregador. Nessa categoria entram por exemplo engenheiros, professores, advogados, contadores, profissionais da computação, economistas, programadores, analistas de sistemas, administradores de bancos de dados, entre outros.
Até que ponto isto é viável, eu não saberia dizer. Porém, parece ser uma boa idéia, que uniria o útil (no caso, entrada de uma bela grana nos caixas do governo) ao agradável (liberação dos vistos para preenchimento das vagas), e claro, fazendo também a alegria de muitos brasileiros que ainda sonham com uma experiência internacional na área de Tecnologia da Informação, ainda mais no país onde a maior parte das inovações do setor ocorrem.
E então, Mr. President Barack Obama e demais governantes, que tal apostar nessa?
O destaque da notícia comentada acima é da ComputerWorld.
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