Quando um desempregado sofre de problemas de rejeição por parte de recrutadores, isto ocorre geralmente por um único motivo: por estar fora do mercado, e por isso, serem considerados obsoletos, inferiores aos profissionais empregados.
Este é o chamado “estigma do desempregado”, que coloca-os em desvantagem quando concorrem com candidatos empregados. Pelo menos é isso que mostram algumas pesquisas, como a realizada pela UCLA (Universidade da Califórnia) há alguns anos atrás.
Mesmo com perfis muito parecidos, tendo como única diferença significante o fato de estarem desempregados, os recrutadores preferiram os candidatos empregados, considerando-os melhores por isso. Os pesquisadores concluíram que os recrutadores costumam assumir que os candidatos empregados são mais competentes, o que evidentemente leva a uma comparação injusta.
E isto não é pessoal. O grande temor da empresa e recrutadores que as representam é que você, desempregado, não vai dar conta do recado por já estar obsoleto. E eles precisam de alguém para resolver seus problemas já, não daqui a alguns meses, portanto se eles tem a opção de contratar alguém que está no mercado, eles o farão.
Isto geralmente vai fazê-los desembolsar mais por estar tirando alguém de outra empresa, nada que eles gostariam no final das contas, mas é o preço.
Veja que isso não é um problema apenas para você, que não consegue se recolocar, mas para a empresa também. Ela acaba gastando mais e perdendo tempo também porque não se tira um funcionário de outra empresa de um dia para outro: tem aviso prévio para cumprir e em alguns casos isso pode tomar algumas semanas. Ou seja, de certa maneira, todos perdem.
E o que você, desempregado, pode fazer para escapar desse ciclo vicioso? Afinal, o relógio está correndo contra você.
A medida em que os dias passam, você pode ficar mais longe do mercado de trabalho, mais desatualizado, e portanto, mais longe de uma recolocação. Principalmente se você fizer o que a maioria dos desempregados faz hoje: pesquisar vagas e enviar currículos, e torcer para ser chamado para uma entrevista. Embora isto é um começo, francamente, é muito pouco.
Mas há esperanças, e muita para você. Para isso, você pode estar desempregado mas não pode pensar como um desempregado comum.
Veja 5 sugestões para você aplicar enquanto desempregado para não deixar o mercado sair de você, que vai deixá-lo cada dia mais perto da conquista da recolocação. Poucas delas vão exigir algum investimento financeiro:
1) Estudar novos processos/ferramentas relacionados à sua profissão através de conteúdos na internet (youtube, sites especializados, etc);
2) Interagir com pessoas da sua área, empregadas ou não, para trocas de experiências (LinkedIn, fóruns, associações profissionais, etc);
3)Estudar inglês ou alguma outra nova língua através dos inúmeros recursos grátis online;
4) Ensinar algo que é sua especialidade e divulgar nas redes sociais;
5) Explorar o seu mercado: quais as novidades tecnológicas, os maiores desafios que as empresas do seu setor estão enfrentando, etc.
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Quando um “desempregado” que fez tudo isso chega numa entrevista e começa a falar, derruba uma gigantesca barreira entre ele e a vaga ao mostrar de que ele não está fora do mercado, conforme reza a cartilha do desempregado comum.
Pelo contrário, ele prova ao recrutador que, embora ele esteja desempregado, está PRONTO para dar retorno, ou pelo menos, já meio caminho andado para isso.
Agora veja a seguinte situação. Você, depois de fazer tudo isso, vai para uma entrevista, estando já há algum tempo desempregado.
O seu concorrente para a vaga está desempregado também, porém, ele não fez nada além de enviar currículos e participar de processos seletivos durante esse tempo. Aquele espaço de tempo vazio coloca um enorme ponto de interrogação na cabeça do recrutador, além de suspeitas nada boas.
Você, ao contrário, naquele tempo desempregado, você listou muitas realizações e conquistas, como cursos online, eventos, seminários, trabalhos voluntários, treinamentos que você ministrou a outras pessoas, etc.
Além do mais, você sabe tudo sobre o seu mercado, últimos lançamentos em produtos e serviços, ferramentas e processos mais utilizados na sua área atualmente, etc. Tudo isto você fez estando desempregado. Adivinha qual dos dois o recrutador vai chamar para a entrevista e eventualmente contratar?
Conclusão: Você, desempregado, pode ter saído do mercado, mas não significa que o mercado precise sair de você. Pense assim, e você atrairá o mercado para si. Pense o contrário, fazendo o que a maioria desempregada faz (pesquisar vagas, enviar currículo, esperar, e nada mais que isto), e você corre o risco de continuar na mesma.
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