Demissão: o que fazer para evitá-la ou minimizar seus efeitos negativos

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Demissão remete a uma definição da qual temos que nos esforçar muito para enxergar o lado bom. Num mercado tão dinâmico e volátil como o de Tecnologia, fica cada vez mais difícil prever um futuro longo na mesma empresa. Ainda mais levando-se em conta a instabilidade da economia brasileira.

E isso tudo devido a uma infinidade de fatores que podemos controlar ou não. Quanto ao incontrolável, não temos muito o que fazer (economia fraca, má estratégia da organização, etc). Mas, por outro lado, temos que nos atentar ao que está ao nosso alcance.

A INFO listou alguns cenários de demissão efetiva ou provável (entre os mais comuns) que podem acontecer conosco e dá dicas de como podemos extrair o melhor de cada um dos casos. Veja o que pode aprender com cada uma delas:

Cenário: 1 Decisão tomada sem possibilidade de reversão

Se for uma questão de tempo até o encerramento do contrato de trabalho, qualquer esforço em tentar mudar este cenário para continuar na empresa é inútil, segundo Braga. “Dificilmente é possível reverter, nesses casos”, afirma o sócio da Search.

Esqueça a ideia de pedir ajuda a colegas com maior poder de influência mas use o tempo que lhe resta na empresa para mudar qualquer imagem negativa a seu respeito. É hora de pensar no futuro, aconselha Braga.

“Crie parcerias para mais pra frente não ter problema se forem pedidas referências suas naquela empresa”, aconselha o especialista. Converse com colegas. Investigue o que levou o seu chefe a tomar a decisão e invista na melhoria de competências e habilidades para não enfrentar os mesmos problemas no próximo emprego.

Cenário: 2 Você errou mas enxerga espaço para virar o jogo

Cogitaram seu nome durante uma reunião de cortes, mas não foi tomada nenhuma decisão e você tem espaço para brigar e mudar este cenário. É hora de promover uma reflexão interna e descobrir o que fez com que seu nome fosse associado a possíveis cortes.

“O profissional deve tentar entender o que está errado, se é uma questão técnica, de negócio, ou se é comportamental”, diz Braga. Caso você não queira ou não haja a possibilidade de ser remanejado, o caminho é entender o que está errado e melhorar. Converse com colegas e veja se há a possibilidade de perguntar ao chefe os pontos em que ele considera que você não está indo bem.

Se o problema é comportamental, empreenda uma mudança rápida de padrão. “Mas não é só uma questão de mudar, é preciso também fazer os outros verem que ele mudou”, lembra Braga. “A mudança de atitude tem que começar do bom dia, e a pessoa precisar ir trabalhando no desenvolvimento das competências que lhe faltam”, diz o especialista.

Cenário 3:  É a empresa que está por um fio

Se o problema não está relacionado especificamente a sua atuação profissional, é a empresa que vai mal, o melhor é encarar o mercado e ficar atento às oportunidades profissionais.

“Isso às vezes acontece, mas não é da noite para o dia”, diz Márcia. Prepare-se. Atualize seu currículo, convoque sua rede de contatos e fisgue recrutadores. Quais os prontos necessários para aumentar a sua empregabilidade? “O profissional não pode parar no tempo, tem que estar sempre fazendo coisas novas”, lembra Márcia.

Invista em você e na sua carreira assim mesmo que a empresa se recupere você ainda terá a chance de escolher o que quer fazer, se continua ou aposta em novos caminhos.

Cenário 4: É perseguição do chefe

Gritos, ameaças e isolamento fazem parte do seu cotidiano? “Desapegar é o melhor caminho”, recomenda Márcia. Sendo uma questão de assédio moral, a melhor opção é buscar novos ares, de acordo com a especialista.

E ela fala com conhecimento de causa. Funcionária concursada na Caixa Econômica Federal, Márcia e toda a equipe enfrentaram marcação pesada do chefe. “Ele era grosseiro, perseguia toda a equipe”, lembra.

Com este cenário, Márcia decidiu de sair de da zona de conforto e apostar na sua empresa de treinamento, que já sinalizava para o crescimento. “Tive que tomar esta decisão e foi o melhor que eu pude fazer”, diz ela, que hoje ganha trinta vezes mais do que na época em que trabalhava na Caixa.

Não basta somente fazer a nossa parte e sossegar como se uma demissão nunca pudesse nos ocorrer. Temos que ter consciência de que, de uma forma ou de outra, estamos sim sujeitos a imprevistos negativos como esse, e dessa forma, ler a respeito, nos informar para que possamos reagir rapidamente para tentar reverter esse quadro.

Temos que aprender a ler melhor o ambiente à nossa volta para podermos agir com mais precisão e antecipação. Essas são habilidades que, queira ou não, temos que desenvolvê-las para sobreviver no competitivo (e muitas vezes, selvagem) mercado de trabalho.

Os cenários listados acima são de artigo da INFO.

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