A turma de TI espalhada pelo Brasil afora sempre reclama da falta de representatividade e regulação das profissões de TI…bom, parece que temos uma luz no fim do túnel. Um projeto de lei está tramitando no Senado Federal e tem como objetivo regulamentar o mercado profissional de Tecnologia da Informação, conforme noticiou a ComputerWorld. O que antes abrangia somente a profissão de analista de sistemas, foi expandido para regular diversas profissões em TI, atitude esperada e inteligente, diga-se de passagem.
Conselho Federal de Informática (CONFEI)
Esse é o conselho que se pretende criar, a exemplo dos tradicionais conselhos como o CRM, CRO, CREA, e por aí vai. A sua função é identificar as especializações dos profissionais de informática e estabelecer suas denominações e atribuições, além de julgar profissionais acusados de quebra de ética.
E a grana pra isso?
Bem, quanto ao dinheiro, como ocorre nos órgãos citados acima, vai ter aquela contribuiçãozinha anual cobrada dos profissionais inscritos.
E os profissionias de nível técnico?
Também estão inclusos no projeto, porém, cabe algumas regras:
- O profissional teria de ter diploma de ensino médio do curso técnico de informática, de programação de computadores, ou:
- exercer a profissão por, no mínimo, quatro anos.
Porém, polêmica não vai faltar num projeto tão abrangente e importante como esse. Já estão questionando quanto a liberdade de exercício da função. Maurício Mugnaini, e da Sociedade Brasileira de Computação (SBC), José Carlos Maldonado, se posicionaram contra o projeto alegando que outros profissionais, como dentistas, engenheiros, por exemplo, estariam privados do exercício da atividade na área de TI.
Agora ,quando levado ao plenário para votação, já é uma incógnita no momento. Porém, vale a iniciativa.
Que a criação de um órgão dessa magnitude para amparar os profissionais de TI é muito importante e um grande avanço, isso concordo plenamente, mas isso criaria restrições sérias para a demanda já reprimida pela falta de profissionais no mercado, impedindo o exercício da atividade de muitos profissionais competentes sem a devida formação. Quem sabe a lei poderia permitir durante alguns anos o exercício da função para profissionais que possam comprovar vínculo com instituições de ensino credenciadas pelo MEC, de forma a se adaptarem à futura lei que almejamos que seja aprovada?
O que você acha? dê sua opinião!
Veja notícia na ComputerWorld, onde este artigo faz referência.
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Gui Benz
Vcs estão aqui chorando pq são uns coitados, querer que orgão regule uma area que evolui muito mais rapido que qualquer lei ou regulamento. So vai ser profissional de TI se fizer curso? Pelo amor de deus da pra aprender muito bem sozinho na internet e entregar um software de qualidade sim. Se vc ficou na faculdade e ganha mal hoje em dia, bom azar o seu de não perceber que a faculdade era só enrolação e durante 4 anos que você podia ter aprendido algo de util na area de TI ficou la vendo regras, ideias e quase nada de codigo, quando viu foi o que mesmo, Java? C? É amigo vai ficar bravo mesmo, adolescente de 16 anos aprende react com JS e ganha mais de 5k de dolar trabalhando paras os americanos. Mas não o que vai resolver é criar um conselho com mais burocracia, que vai cobrar uma grana e nao entregar nada, só vai impossibilitar quem aprende sozinho de trabalhar e obrigar a fazer uma faculdade antiga que não tras nada de atual, não ensina nada mas sabe te cobrar todo fim de mes, com aulas como direito na grade por exemplo…
Ricardo Silva
Parabéns pelo lobby pra criar um órgão que não vai fazer absolutamente nada pelos profissionais. Já trabalhei em Conselho de profissão e, o que pude perceber, só serve para coletar as taxas e distribuir pros conselheiros fiscais como diárias.
Castro
Precisamos derrubar o CRM, CRO, CREA e OAB, e não criar mais conselhos que beneficiam aqueles que se acham “profissionais” só por terem um diploma.
Encontrar um universsitario capacitado é quase como encontrar uma agulha no palheiro, e as empresas sabem disso.
Ao meu ver, isso é só desespero de formados que estão vendo que as empresas estão dando cada vez mais preferencias a autodidatas (principalmente na engenharia), mas essa preferencia só acontecem pois as empresas querem profissionais, e não diplomados.
Vale lembrar que o universo da computação só evoluiu oque evoluiu graças aos autodidatas, e a elite da TI é formada inteiramente por eles.
Como eu ja ouvi muita gente dizendo: “Não podemos deixar acontecer com a TI o que aconteceu com a Engenharia”, muitos engenheiro brilhentes tem sua carreira arruinada por conta de um conselho que tem como unico objetivo gerar lucro para as universsidades.
Você pode até dizer: “Mas não são só diplomados, se você tem 4 anos de trabalho com carteira assinada, você consegue regulamentação”, querido, eu trabalho a 10 anos com TI e NUNCA tive carteira assinada, os contribuidores de OpenSource que são sem duvidas os mais importantes da area, tem carteira assinada?? Claro que Não! A galera da carteira assinada trabalha por dinheiro e não por amor, logo, são um desprezo de profissionais!
Pessoas inteligentes não fazem faculdade, e essa regra nunca muda!
Anderson
Fui admitido por Concurso Público e trabalhei 1 ano como FISCAL de um conselho da área da saúde. Pedi exoneração quando encontrei exercício ilegal e tive problemas. Recebi o apoio da polícia, mas não da instituição em que trabalhava. Levou 2 anos para perceberem o erro e me pedirem desculpas.
E como FISCAL, eu não recebia autorização para FISCALIZAR todos os dias. Fiscalização de fato era algo esporádico. Por volta de 95% do trabalho tinha alguma relação com ARRECADAÇÃO (emissão de taxas de cadastro, de documentos, autorizações, etc).
Conselhos arrecadam milhões para regulamentar a profissão e não exercem sua função principal, a de fiscalizar. Conselheiros recebem diárias (bem gordas) para viagens (palestras, visitas, etc.) sem qualquer relação com a fiscalização.
Hoje, quando vejo alguém defendendo a existência de conselhos, penso que ou é muito ingênuo (não faz ideia do que está dizendo), ou obtém alguma vantagem financeira com a existência de conselhos.
Não acredita? Faça um teste. Solicite relatório do quantitativo de ações de fiscalização e de ações que visem arrecadar (cadastros, taxas, cobranças, protestos) e faça uma comparação.
Alexandre
Então. Pois é!!!
Infelizmente não existe uma união na area de TI. Realmente qualquer um pode ser Analista e etc. Medico pode gerenciar um sistema, Advogados podem comentar segurança da informação e Cibernética….. Até hoje nunca vi uma entrevista real com um analista ou consultor em TI com formação expressiva. Hoje a Automação no nível técnico e superior tem um conselho. E esta cada vez mais envolvido com TI/TA. Então acaba o curso de TI e vamos aprender no YouTube e cursinho on….
Gladstonier
Conselho profissional só serve pra criar burocracia e tomar mais dinheiro da gente. Maior besteira que vão fazer, TI é uma área que avança rápido demais para se curvar a burocracias estatais.
Jorge Patrício
Acho a ideia ótima! faz tempo que eu espero um conselho que regulamente esses profissionais.
Moacir
Sou Totalmente favoravel a regulamentação é Muito Obvio que Toda Profissão deve ser exercida pelos Profissionais que Estudaram , gastaram seu tempo e dinheiro em Anos de estudos, e a Profissão de TI não poderia ser diferente
Tem que Regulamentar Sim e URGENTE!!!
Chega desses Oportunistas achando que TI não precisa estudo e qualquer um mexe que nem maçaneta de porta
TI precisa Estudos precisa Cursos Sim e Muitos gastam seu tempo e dinheiro e muito esforço pra isso como qualquer profissão ,chega de ficar refem de folgados oportunistas de fim de semana , de biqueiros O Profissional de TI pode ser Dentista? pode ser Advogado de fim de semana? pode fazer bicos na Engenharia? CLARO que Não
Mas estes Oportunistas do TI sem Noção acham que o TI ” qualquer um pode e tem direito ainda” São Ridiculos!
ÉRegulamentar Urgente!!! e ja passou dos tempos de fazer como toda Profissão!!! Dignidade Já!!!
Evandro
Acho (só acho) que os únicos que vão ter vantagem nessa patacoada serão o futuro conselho (igual com a maioria), e claro, como sempre, o governo.
RC4STR0
Enquanto houver aqueles que defendem não ter Entidade de Classe e aqueles que defendem ter, a profissão segue desvalorizada pois tem aqueles que se qualificam e investem muita grana em certificações e tem aqueles que investem algumas poucas horas de tutoriais no YouTube, no mais famoso copiar/colar. A diferença? Está na valorização que o mercado estabelece. Obviamente o mercado sempre baseará por baixo. Já vi Conselhos Regionais de Medicina oferecer remuneração de R$ 2.600,00 por um profissional multidisciplinar: desde infraestrutura a programação, como quem quer 4 em 1.
Uma entidade de classe acaba com isso e estabelece limites de atuação, piso salarial, carga horária (pois pensam que profissionais de TI são máquinas e não precisam descansar), requisitos de atuação profissional, oportunidade de registrar projetos que depois podem ser atestados como capacidade técnica, relacionando o portfólio técnico de cada um. Para alguns pode parecer mais arrecadação, mas vejo como valorização da carreira de TIC.
Luís Henrique das Neves Ribeiro
Eu sou Bacharel em Administração e graduando em Análise e Desenvolvimento de Sistemas.
Acredito que a regulamentação, desde que não seja obrigatória, é algo de muita valia.
O CRM, CREA, OAB, CRP, são obrigatórios por questões óbvias, mas o CRA (Administração) não é obrigatório. Não é obrigatório ter faculdade de ADM para vc ser um Administrador. Não é obrigatório um Bacharel em direito ter OAB para ser um consultor no setor jurídico, mas é para você advogar.
Acho que para quem é contra, falta conhecimento de caso ou de curso superior.
Alvarez
Precisamos urgentemente destas instituições (sérias), reconhecer a diferença de capacitação e qualificação, logicamente colocando o conhecimento e aptidão do profissional (capacitação) em primeiro lugar, mas para exercer a profissão precisamos ser qualificados academicamente, atualizados e capacitados através de empresas com as devidas certificações de produtos e serviços, isso valoriza o profissional no mercado de trabalho.