Mais em tom de brincadeira, o criador do Linux, Linus Torvalds, deixou-se fotografar em Tóquio – Japão, dentro de um quiosque promocional do Windows 7. Nestes últimos dias só se fala nisso: é a Microsoft de um lado com seu Windows 7, tentando apagar a péssima imagem deixada pelo seu último sistema operacional para desktops, o Vista, e de outro o Linux, o Google…
A concorrência dos SO’s no mercado, a guerra entre propagandas que tem ocorrido entre a Apple e Microsoft, tudo isso é sadio, bom para os usuários que vêem os sistemas sendo melhorados numa velocidade maior e com preços seguindo na direção inversa, ou seja, caindo.
Enquanto essa guerra fica no nível dos fabricantes , não há problema algum, o mercado agradece O problema começa quando profissionais da área de TI resolvem vestir a camisa de um fabricante e entram na guerra.
Profissionais que criaram conceitos negativos através de experiências negativas e chegaram a conclusão que muito usuário comum usualmente chega quando não consegue utilizar um sistema (na maioria das vezes por falta de conhecimento): O sistema não presta.
O que aliás é o mais fácil?: limitar a capacidade do produto alheio ou assumir que não se tem conhecimento e habilidade necessários para operar determinado sistema? Esse é o ponto onde os profissionais de TI, calejados, não devem se igualar ao usuário comum – o que não ocorre muitas vezes.
Essa religiosidade em torno de um fabricante é que não é nada bom para o profissional de TI, que deveria ter o compromisso de entregar a melhor solução para uma determinada necessidade e momento na empresa.
Ocorre ainda que as empresas acabam sendo prejudicadas com projetos de migração e implantação feitos em cima de causas pouco louváveis como essa, colocando em sério riscos os negócios – e a imagem da área de TI.
Claro que a situação fica mais difícil se algum profissional de TI é (escolheu ser) refém de um fabricante específico…
Para não ser refém de um fabricante faz-se necessário quebrar o paradigma do especialista, que ainda acredita erroneamente que ser especialista em determinado produto de um fabricante necessariamente exclui a opção de ser conhecer/trabalhar com produtos de outros.
As empresas precisam de pessoas com mentes abertas que pesem os benefícios e desvantagens dos produtos e ferramentas dispóníveis no mercado (independente do fabricante) tendo como foco exclusivo a necessidade do cliente com a menor relação custo-benefício possível.
Linus Torvalds não poderia usar um SO da Microsoft? O Bill Gates usar um iPod para ouvir suas músicas? O Steve Jobs usar um Ubuntu? Não, isso não deveria ser tão espantoso assim…
Notícia de Linus Torvalds com Windows 7 divulgada pela Info.
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Edson Soares
Hehe, essa foto fez polêmica!!!
A visão abordada aqui é crítica e extremamente importante meu caro. Porém vale ressaltar algumas observações:
1° – Para o profissional de TI que já absorve um volume gigantesco de informações se especializar em determinado produto / solução é uma saída, um nicho facilitador, é muito mais fácil adentrar no mercado sendo especialista em Linux, Microsoft, Cisco, Juniper, etc, do que ser generalista. Não estou dizendo que o profissional deve seguir cegamente, mas deve sim se especializar, caso contrário não avancará, o fator importante é que ele não deve se amarrar demais em um fabricante/tecnologia, deve ter uma visão ampla do que está acontecendo no mercado, já dizia o ditado “não coloque os ovos numa cesta só”;
2° – Também percebemos que os fabricantes apoiam MUITO esta ideia de “Junte-se a nós”, ignore os outros, pode-se ver uma piada no Balmmer outro dia numa palestra que criticou um funcionario da MS por usar um iphone, e por aí vai, são muitos casos…
3° – A grande maioria dos profissionais de TI, continuam com a visão de usuário, o problema que voce levantou, de reclamar/avaliar sem conhecer ocorre com muita frequencia na área, e escolas/faculdades deveriam prevenir o profissional de dar essas mancadas!
Belo post! Valeu!
Guilherme Cenzi
Concordo com vocês Edson/Vinicius,
Acho importante ressaltar que todo profissional de T.I é um ser humano antes de tudo, aqui na empresa conheço várias pessoas que se dizem LINUX LOVERS e não enxergam nada além disso.
Ao meu ver devemos reconhecer o que cada produto tem de melhor, eu por exemplo sou amante do Windows, utilizo Firefox como browser desde os seus primórdios (tenho até uma caneca deles na minha mesa haha) e tenho um iPhone como smartphone.
Parece que muitos acreditam ser mais fácil negar a crença do outro e tentar convencer que seus ideais são melhores do que viver em harmonia. Acontece na religião, acontece em T.I 🙂
Viva a competitividade, ela motiva tudo e todos a superarem seus ideais.
philips
muito bom!!
Vinicius
Guilherme legal sua experiência, interessante ver que o “Mal” não é uma instituição em si (como denominaram a Microsoft por muitos anos), mas a posição de dominante e monopólica no mercado que essa empresa assume e que a faz esquecer de seus valores que a levou ao topo… O Google, aliás, está assumindo esse trono. Espero que não vá pelo mesmo caminho. Abs!
Vinicius
Fala Edson!!!
Muito boa suas colocações, e friso especialmente a parte final do comentário. Realmente as instituições de ensino em geral deveriam olhar mais para esse aspecto na formação dos futuros profissionais. A educação nesse sentido acaba vindo nos trancos e barrancos, na pancada no ambiente de trabalho, de chefes e colegas mais experientes…isso quando tem alguém legal para dar uns toques, o que nem sempre acontece…abs!!