Mudança é a única certeza que temos em relação ao mercado de Tecnologia da Informação. E acompanhar essas mudanças, tentar antecipar-se a elas, representa o grande desafio para todos aqueles que se aventuram nessa área. Aqueles que conseguem adequar seu perfil as perspectivas futuras do mercado são os grandes vencedores.
Vencedores sim, pois estarão mais prontos para atender a demanda urgente, enquanto que outros ainda estão correndo atrás de cursos que devem demorar meses para concluir, senão anos. Talvez, quando terminarem, o mercado já não será exatamente o mesmo (ok, talvez mude para melhor).
Os vencedores são os que pegam os melhores cargos nas melhores empresas e com os melhores pacotes de benefícios. Não por mera coincidência ou inteligência sobressalente, mas porque se anteciparam e agora podem se dar o luxo de escolher onde trabalhar graças ao desespero das empresas.
Um grande exemplo de hoje é o HTML5. Ainda muita coisa está em desenvolvimento para ser utilizado plenamente na criação de aplicativos de alta complexidade e multiplataforma, então cria-se algo mais simples aqui e acolá mas pouca gente ainda vê seu potencial como justificável para um investimento significativo. Ainda preferem focar nos frameworks proprietários, ignorando esses avanços.
Porém, não é de hoje que tem se enumerado as vantagens dessa tecnologia no desenvolvimento mobile multiplataforma, e muita gente segue apenas esperando algo maior em termos de maturidade da ferramenta para poder começar a estudar. Esquecem-se do tempo que levará para se sentir confortável para adicioná-lo no currículo.
O mesmo serve para as tecnologias abaixo, listadas pelo instituto de pesquisas do Gartner. Ele se baseia em pesquisas de opinião das empresas de peso que influencia o rumo do desenvolvimento tecnológico no mercado global. Veja onde se encaixa sua profissão atual dentre essas previsões. Depois, busque mais informações sobre o tema escolhido e comece a pesquisar para se preparar para o futuro.
Confira as dez principais tendências de TI segundo o Gartner, conforme publicação na CIO:
1 – Diversidade e gestão da mobilidade: até 2018, a variedade crescente de dispositivos de computação, estilos, contextos e paradigmas de interação tornarão inatingíveis as estratégias do tipo ”acessível de qualquer lugar”. A consequência inesperada dos programas de BYOD será a duplicação ou mesmo a multiplicação por três do tamanho da força de trabalho móvel.
Políticas da empresa sobre o uso de hardware de propriedade do funcionário precisarão ser completamente revistas e, se necessário, atualizadas e ampliadas.
2 – Aplicações móveis e aplicações: o Gartner prevê que, em 2014, o desempenho do JavaScript vai melhorar e começará a impulsionar o HTML5 e o browser como ambiente principal de desenvolvimento de aplicações empresariais. A consultoria recomenda aos programadores se concentrarem na criação de modelos de interface de usuário mais amplos, incluindo voz e vídeo, capazes de interligar as pessoas de novas maneiras.
O número de “apps” mais específicas deverá continuar a crescer, enquanto o das aplicações começará a encolher. Mas os programadores deverão procurar formas de agregar apps para criar aplicações maiores.
3 – Definido por Software: O onda “qualquer coisa” definida por software (SDx) vai incorporar várias iniciativas como a OpenStack , o Open Compute Project e o Open Rack, que partilham visões semelhantes. Conforme os silos de tecnologia SDx individuais evoluírem e surgirem os consórcios, as empresas começarão a procurar padrões emergentes e capacidades de conexão para beneficiar portfólios.
Elas deverão também desafiar os fornecedores de tecnologia individuais para demonstrar o seu compromisso com as verdadeiras normas de interoperabilidade dentro de domínios específicos. Enquanto a abertura da tecnologia será sempre um objetivo promovido pelos fabricantes, haverá diferentes interpretações sobre as definições de SDx – muitas até pouco abertas.
Fornecedores de SDN (network ), SDDC (centro de dados), SDS ( armazenamento) e tecnologias SDI (infraestrutura) vão tentar manter a liderança nos seus respectivos domínios . Os fabricantes que dominarem um setor de infraestrutura vão aderir, ainda que com alguma relutância, a normas com o potencial de baixar margens e abrir oportunidades a novos concorrentes – mesmo quando o cliente se beneficiar de maior simplicidade, redução de custos e eficiência de consolidação.
4 – Máquinas inteligentes: por volta de 2020, deverá florescer a era das máquinas inteligentes com uma proliferação de sistemas contextualmente conscientes, assistentes inteligentes pessoais, consultores inteligentes (como o computador IBM Watson) , sistemas industriais globais avançados e a disponibilidade pública dos primeiros exemplos de veículos autônomos. A era das máquinas inteligentes será a mais perturbadora na história da TI.
Finalmente estão emergindo novos sistemas que materializam algumas das primeiras visões propostas pela TI – fazer o que pensávamos que só as pessoas pudessem fazer e as máquinas não. O Gartner espera que as pessoas invistam, controlem e usem as suas próprias máquinas inteligentes para serem mais bem sucedidas.
5 – Impressão 3-D: o fornecimento mundial de impressoras 3D deve crescer 75% em 2014, seguido por uma quase duplicação do fornecimento de unidades em 2015. O entusiasmo do setor doméstico em torno da área tornou as organizações conscientes de que a impressão 3D é viável e capaz de reduzir os custos de prototipagem aerodinâmica e fabricação de curto prazo.
6 – Internet de tudo: a Internet já está expandindo-se além dos PC e dispositivos móveis até os ativos das empresas, tais como os equipamentos e eletrodomésticos. O problema é que a maioria das empresas e fornecedores de tecnologia ainda terão de explorar as hipóteses de uma Internet expandida. Não estão preparadas do ponto de vista operacional ou organizacional. Imagine a “digitalização” dos produtos, serviços e bens mais importantes.
7 – Cloud híbrida e a área de TI como corretora de serviços: reunir clouds pessoais e serviços de nuvem privada externos será imperativo. As empresas devem desenvolver serviços de nuvem privada com um modelo híbrido em mente. E devem confirmar se a futura integração / interoperacionalidade é possível.
Os serviços de cloud híbrida podem ser compostos de várias maneiras, com arquiteturas mais estáticas ou dinâmicas. Gerir essa composição será muitas vezes o papel de um corretor de serviços de cloud interno, capaz de lidar com temas como o da agregação, integração e customização de serviços.
8 – Arquitetura cloud/cliente: Os modelos de cloud computing estão mudando. Na arquitetura cloud/cliente, o cliente é uma aplicação rica em execução em um dispositivo conectado à Internet . O servidor é um conjunto de serviços de aplicações alojadas em uma plataforma de cloud computing cada vez mais elástica e escalável. A cloud é o ponto de controle e sistema de registro e as aplicações podem estender-se por vários dispositivos clientes.
9 – Era da cloud pessoal: a era da nuvem pessoal vai marcar uma transferência de poder dos dispositivos para os serviços. Nesse novo mundo, as especificidades dos dispositivos são, cada vez menos, fatores de preocupação para a organização, embora os dispositivos ainda sejam necessários.
Os usuários vão usar um conjunto de dispositivos, e o PC permanecerá uma das muitas opções. Mas nenhum dispositivo será a plataforma agregadora principal. A nuvem pessoal deverá assumir esse papel. O acesso à cloud e ao conteúdo armazenado ou partilhado a partir da cloud serão geridos e protegidos, e não apenas com enfoque no próprio dispositivo.
10 – TI à escala da Internet: Grandes fornecedores de serviços em cloud computing – como Amazon, Google, Facebook , etc – são re-inventar a forma como os serviços de TI serão disponibilizados.
As suas capacidades vão além da escala em termos de dimensão, e isso inclui pensar a escala no que se refere a velocidade e agilidade. Se as empresas querem manter o seu ritmo de evolução, precisam imitar as arquiteturas, processos e práticas desses fornecedores de cloud.
As pesquisas de instituições renomadas globalmente como é o caso do Gartner não podem ser ignoradas. Não significa que exatamente ocorrerá como previsto, mas muita coisa deve se materializar ao menos num determinado grau de intensidade.
Devemos utilizá-la como mais um belo material de apoio para ajudar no nosso desenvolvimento profissional. Uma luz para clarear um pouco o incerto futuro que nos espera.
As 10 previsões listadas acima são de publicação do site CIO.
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