A atitude do jornalista iraquiano ao arremessar seu par de sapatos no Bush foi única e certamente ficará na memória de muitos. O motivo não é para menos: a guerra sem fim e inútil custou e ainda está custando a vida de milhares de pessoas, sejam iraquianas ou mesmo americanas. Mas o que isso tem a ver com a natureza deste blog? Podemos levar essa situação para nosso ambiente de trabalho e refletir sobre as “sapatadas” que levamos ou corremos o risco de levar. Saber se desviar, mesmo que no melhor estilo Matrix, não é suficiente para garantir a sobrevivência no mercado…
Assim como a missão militar comandada pelos EUA no iraque foi (e está sendo) um desastre em todos os sentidos, causando ainda um prejuízo de trilhões de dólares e correndo um sério risco de derrota norte-americana, nós também, em nossas atividades, às vezes assumimos riscos desnecessários, e mesmo com todo o argumento externo, continuamos insistentes e teimosos em nossa desastrosa decisão, levando-a até as últimas consequências. Em época de crise financeira, os erros ficam mais expostos e chamam mais a atenção…veja os EUA: se no auge da catástrofe da guerra houvesse a confirmação da recessão, será que a opinião pública permitiria tamanha insensatez e um desvio trilionário de verbas para sustentar uma guerra descabida?
“Quando fomos à guerra, o governo Bush disse que iria custar entre US$ 50 bilhões e US$ 60 bi. Na época, um economista da Casa Branca (Larry Lindsey), disse que o custo poderia chegar a US$ 200 bi. Ele foi demitido e sua declaração considerada “bobagem”. O custo estimado hoje é que exceda US$ 3 trilhões”, disse Stiglitz em entrevista à BBC.
Bobagem mesmo né não?
Ter atitude, personalidade de levar um projeto à frente, é nobre, desde que, em meio às adversidades não se esqueça de ouvir as partes interessadas…muitas vezes levamos sapatadas de clientes, colegas de trabalho, fornecedores, enfim, de tudo quanto é lado. Algumas dessas vezes somos ágeis em desviar, mas lentos demais em reconhecer nossos erros e tentar corrigir nossa rota. Outras vezes a sapatada vem de cima, e de um ângulo fora de nosso campo de visão…aí, meu amigo, é difícil de desviar.
Claro que há também as sapatadas de inveja, que devem ser tratadas de forma diferente, porém não é difícil de diferenciá-la de outras, basta olhar os resultados do próprio trabalho.
Algumas perguntas que nós podemos fazer a nós mesmos a fim de evitar passar por um vexame desses:
Como está o andamento do seu projeto? Está medindo os riscos constantemente? Está avaliando os resultados e redefinindo as estratégias com agilidade que a situação pede e assim revertendo perdas? Consegue medir o sentimento de satisfação de seu cliente? ou é pego de surpresa com a sapatada?
Bom, pior que isso é ser derrubado por uma sapatada e sem aprender a lição, se achando vítima de uma economia de 3ª, culpar a crise…”ô crise mardita!”
(Veja alguns dados da guerra mal resolvida neste artigo da Folha)
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