54% dos Empregos Formais no Brasil Podem Sumir devido a IA e Automação – o Que Você Pode Fazer

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Vamos perder nossos empregos para as máquinas!! – A imagem mental dessa frase é assustadora, especialmente levando-se em conta a velocidade com que a Inteligência Artificial, Automação e tecnologias correlatas vão ganhando terreno.

Porém, é importante considerar que as empresas não adotam automação por modismo. Num mercado cada vez mais global, elas devem competir cada vez mais e em muitos casos em desvantagem com empresas de outros países, cujas leis e condições de trabalho são muito diferentes das nossas, vide muitas empresas chinesas, por exemplo.

Some-se a isso as maiores exigências dos consumidores por maior qualidade, preço mais baixo e entregas mais rápidas.

Ou seja, ou as empresas se adaptam, ou são engolidas pela concorrência. Essa pressão, pra variar, desce ao nível dos trabalhadores. Dito isto, veja as estatísticas sobre o avanço tecnológico e seu impacto no mercado de trabalho com base em dados de 2018:

Processos e tecnologias de automação e Inteligência Artificial podem fazer o trabalho de aproximadamente 54% da força de trabalho brasileira, segundo estudos da UnB (Universidade de Brasília).

A base de dados de profissões utilizada na pesquisa é bastante ampla, pois abrange nada menos do que 97% dos empregos formais no país.

De 60% a 80% das profissões pesquisadas, de um universo que gira em torno de 1122 profissões, apresentam um nível alto ou muito alto de ter os empregos engolidos pela tecnologia.
A se continuar no ritmo atual, 30 milhões de empregos poderiam ser eliminados até 2026. Segundo o estudo, a ameaça da automação é maior no Brasil que nos Estados Unidos, onde 47% dos empregos podem ser impactados. Se serve de consolo, pelo menos nossa situação não é pior que a de nossos vizinhos sulamericanos Uruguai (63%) e Argentina (65%), e mesmo a Europa (59%).

Por outro lado, nem tudo é sombrio do ponto de vista da mão de obra mais suscetível a automação. Um relatório do  World Economic Forum (WEF) chamado “The Future of Jobs 2018” aponta que, apesar do desaparecimento de 133 milhões de empregos, ainda haveria um saldo positivo de 58 milhões de empregos que seriam criados nos próximos anos.

Pela imagem acima, é possível ver que em 2025, as máquinas poderão ter substituído mais da metade do trabalho feito por humanos, segundo o World Economic Forum.

Você pode ver todos os detalhes do estudo, metodologia de pesquisa, setores em escopo nos mais diversos países, inclusive no Brasil, no PDF (inglês) Future of Jobs Report 2018, World Economic Forum clicando aqui.

E qual os riscos que SUA profissão corre de ser automatizado?

Foi realizado um levantamento do impacto da automação e IA nas mais diversas carreiras a partir de dados de uma pesquisa da Deloitte nos Estados Unidos, da Universidade de Oxford e do Planet Money.

Você pode ver também a lista de profissões sob risco de automação acessando este PDF (em inglês) entitulado Jobs at Risk (clique aqui para baixar).

O interessante é que ele classifica as profissões de acordo com o risco de automação, indo de 0 a 100%. Embora os dados sejam uma amostra, obviamente, é possível termos uma ideia do impacto e assim tomar algumas ações a longo prazo para tentar mitigar o risco de ver nossa carreira naufragar por conta dessa evolução tecnológica inevitável.

E não se engane, todas as profissões já estão sendo e serão impactadas, mesmo aquelas que lidam diretamente com Tecnologia.

Mesmo se não ver sua carreira listada, um exercício que você pode fazer é se perguntar:

1 – Qual o nível de repetitividade das atividades que executo no dia-a-dia?

Se for alto, veja quais outras atribuições/habilidades pode desenvolver e que sejam menos repetitivas.

2 – O que eu preciso aprender na minha carreira para poder interagir com as novas tecnologias e assim unir nossas habilidades na busca dos melhores resultados para minha empresa?

Com base nessas respostas, você pode delinear um plano para seguir e preencher a lacuna que falta para manter sua empregabilidade em alta.

Não adianta gritar e brigar com o avanço tecnológico, é uma batalha que nenhum de nós poderá vencer. O que podemos fazer é se unir a ele, procurando aprender sobre o impacto de tudo isso sobre nossa indústria, e por fim, sobre nossas carreiras para que possamos seguir relevantes nessa nova e revolucionária era.

Claro que isso demanda esforço, tempo, aprender inglês ou outro idioma, cursos/livros de especialização, mas por outro lado, ao menos, nunca tivemos tanto acesso a educação online gratuita e de baixo custo.

Como você pode ver, o desafio é grande para todos nós e é preciso que busquemos nos adaptar a essas mudanças tecnológicas para podermos estar aptos a assumir os novos empregos do futuro. Ou isso, ou…

Enfim, o velho provérbio cabe aqui mais do que nunca: se não pode com eles, junte-se a eles!

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