Não adianta criar tecnologia se não gerar inovação de valor

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Dar nó em gravata é uma tarefa um pouco chata.  Vira e mexe falta pano de um lado, sobra do outro, sai torno ora para direita, esquerda… Agora imagine que uma máquina pudesse fazer essa tarefa para você. Bastaria colocar a gravata na máquina para em instantes tirá-la já pronta para uso, em instantes.

Esta foi a máquina inovadora criada pelo engenheiro americano aposentado Seth Goldstein, parte de um projeto chamado Kinects Sculptures e chamada de “Why Knot?”.  A complexidade do funcionamento da máquina pode ser vista claramente no vídeo abaixo pelos mais variados e inúmeros movimentos realizados pelo equipamento para cumprir a tarefa proposta. Curioso, porém ao mesmo tempo faz nos refletir sobre a criação de novas tecnologias, seja para a empresa onde trabalhamos ou por conta própria.

 

 

 

Ter habilidade e inteligência para lidar com algoritmos complexos, hardware e softwares variados certamente diferenciam um profissional envolvido com tecnologia, porém nunca podemos esquecer da questão da viabilidade em vários aspectos do projeto em que se está trabalhando.

Muitas vezes em projetos de sistemas vemos funcionalidades sendo criadas de modo complexo e trabalhoso, consumindo os escassos recursos da empresa, mas que servem para tão-somente saciar o ego do profissional que o criou, afim de exibir suas habilidades técnicas diferenciadas.

Aumenta o custo do projeto e pouco – ou nada – agrega no resultado esperado do cliente. Não podemos confundir isto com atitudes assim com “superar expectativas do cliente”, pró-atividade ou algo do tipo. Tal qual a máquina de dar nós em gravatas, deve-se questionar se seria viável comercialmente a empreitada, por exemplo. Imagine o custo de uma máquina dessas para o consumidor final. Não seria mais simples, inclusive através de tutoriais pela internet (e o que não tem na internet, não é?) aprender ainda que dê um pouco de trabalho?

O profissional diferenciado deve ter essa visão de projeto que extrapola o lado técnico da coisa. Entender de negócio, viabilidade, custos, conhecer o plano de negócios que deu origem ao projeto são atitudes que permitirão ao profissional gerar inovação de valor no trabalho que realiza.  Teoria e práticas de gestão de projetos não podem ser acessíveis somente a gerentes, do contrário sempre teremos equipes entregando funcionalidades desnecessárias e o que é pior, deixando de entregar o que é essencial de modo satisfatório.

Parte da responsabilidade é da empresa em repassar esse conhecimento, e outra parte é do profissional, de adquiri-lo por outros meios, dono que é de própria sua carreira.

Inovar é bom, mas não o suficiente para garantir a competividade da sua empresa. é necessário criar inovação de valor, e isso deve ser alcançado desde as menores e mais simples atividades durante a execução do projeto.

E então, como você é conhecido em sua empresa em relação a essas competências relacionadas a gestão de projetos? Consegue visualizar o quadro geral e focar no que deve ser feito ao invés de florir com técnicas e complexidades desnecessárias as atividades que você realiza?

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