Livro digital: ser leitor habitual não pode ser opção para poucos

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Incrível como é difícil se atualizar neste país. Comprar livros, revistas especializadas, é um comportamento que deveria ser incentivado pelos nossos governantes. Porém, como a educação não tem prioridade como sempre na história deste país, somos obrigados a ter que enfrentar o amargo dos altos preços para termos um pouco de informação atualizada e relevante para nossa carreira.

Bibliotecas defasadas….principalmente para nós, da área de TI, como é difícil encontrar um livro “do ano”, mesmo em bibliotecas de universidades…é um absurdo ter que se virar com livros da área com 5, 10 anos de uso.

A internet ajudou a derrubar parte desse muro de Berlim que teima em se contrapor entre os mais pobres e a educação. Chega a amenizar um pouco desse martírio graças ao acesso que podemos ter de obras, textos científicos, artigos especializados valiosíssimos que por lá encontramos, seja nacional ou não. Por outro lado, as últimas pesquisas (como uma recente divulgada pelo INFO – Abril), ainda 61% dos brasileiros não tem acesso a internet.

Com relação a revistas, por exemplo, veja um comparativo com no trecho abaixo:

Revistas – O mercado brasileiro conta com 299 editoras, que publicam mais de 1,6 mil títulos, vendidos em bancas. Mesmo com tantas opções de leitura, o brasileiro compra em média duas revistas ao ano. Esse número é muito baixo se comparado ao de países desenvolvidos. Nos EUA, essa média é de 17, e na França chega a 20.
fonte: PortalBrasil.net

Talvez uma boa saída para isso tudo seja a democratização do livro digital, já que o custo não favorece quem vende e muito menos quem compra livros impressos.

O diretor do Observatório do Livro e da Leitura, Galeno Amorim, em artigo da Exame,  afirmou que no Brasil 77 milhões de pessoas não têm o hábito de ler livros por razões econômicas e sociais. “É importante ressaltar que o livro digital é uma oportunidade tanto para os ricos quanto para os pobres: se por um lado vamos democratizar o livro para todas as classes, também vamos disponibilizar títulos que não estão mais disponíveis no mercado.”

Porém, há o receio dos editores com a ainda precária segurança na internet quando o assunto é proteção aos direitos autorais (que o diga os produtores musicais…). O fato é que digitalizar esse processo parece ser inevitável com o tempo. Esta solução tecnológica, no entanto, não resolve o problema, mas é um passo em sua direção.

A educação, o incetivo a busca do conhecimento deve ser levado a sério neste país. Políticas devem saír do papel, parcerias sérias devem ser estabelecidas com empresas privadas…há muitas formas de atuar nesse sentido, porém a vontade política infelizmente não acompanha o ritmo das idéias…

Aliás, é bom lembrar: as eleições 2010 para presidente, governadores, deputados estaduais e federais estão aí. Conheça as propostas de seus candidatos com relação a educação. Ah sim, não há garantias que algo seja realmente feito, mas o fato de se ter um plano é um começo. E seja o que Deus  quiser!

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