Escolha do MBA como próximo passo na carreira sem cair numa roubada

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Você já terminou sua graduação de nível superior e pretende tomar o próximo passo e dar um novo upgrade…que tal um MBA?

Ah sim, o MBA hoje em dia está meio na moda, existem centenas de cursos espalhados por aí com esse bonito título. Mas realmente o que caracteriza um bom curso de MBA e uma boa instituição de ensino?

É fácil ficar perdido no meio de tantas opções no mercado, e consequentemente fácil errar. Ainda mais aqui no Brasil, onde a educação anda de lado faz tempo e muito do que se cria em termos de cursos em ditas instituições de ensino não passam de fábrica de diplomas.

E para ajudar a evitar que você descubra que um curso é fraco depois de cursá-lo é que trago as dicas a seguir.

As dicas da INFO abaixo são valiosíssimas e devem ser lidas com todo carinho antes de aventurar num curso desse porte. Mesmo porque, além da grana que sai (poucos ainda que trabalham tem ajuda da empresa nos custos) ainda tem a questão do tempo, que se vai e esse sim, vale mais ainda pois é impossível de recuperar.

1 – O curso não é abrangente – Não quer mesmo comprar gato por lebre? Em outros termos, fazer um curso qualquer de especialização com o nome de MBA? Verifique se o currículo, de maneira interdisciplinar, aborda diferentes temas.

“Se existir uma carga excessiva de um tema específico, é um master, não um MBA”, afirma Dal Colletto. “Não se iluda, não há curso que faça de tudo. Se não te oferecer uma abrangência de temas ou ter uma carga horária muito leve, você até pode receber um certificado bonito para a parede, mas não terá a formação”.

2 – Ninguém conhece a escola – O folder de divulgação da escola até pode ser encantador. Mas investigue: ela também é cheia de encantos para o mercado? Avaliar a reputação que a escola tem perante as empresas da sua área de atuação e para o mundo dos negócios em geral é essencial na hora de tomar sua decisão.
“Conta muito o nome da instituição e o conceito que ela tem na área que você atua”, diz Casagrande. “A escola é o sobrenome que você vai colocar no seu currículo”.

Para responder a esta questão, investigue a opinião dos seus colegas de trabalho sobre a instituição em questão, converse com ex-alunos (e tente descobrir a valorização do passe deles pós-MBA) e veja se o curso tem certificações que assegurem a sua qualidade – se ele não tiver, busque as notas do curso de graduação da instituição junto ao MEC.

3 – O currículo dos professores é vago – Na balança, coloque também o currículo dos professores do programa de MBA. “Eles têm que ser ótimos profissionais nas áreas que ensinam”, afirma Dal Colletto.

Isso significa que para ser um bom professor de MBA não basta ter um currículo acadêmico (e teórico) de tirar o fôlego. É preciso ter experiência no mercado de trabalho também. “O professor e a disciplina que ele leciona precisam ter aderência”, diz Casagrande.

“Disciplinas profissionais devem ser ministradas por profissionais professores, que atuam no mercado, mas que dão aula”, explica.

4 – Não há critérios para a seleção dos alunos – Se a única seleção do MBA for pagar a matrícula e ter a mensalidade em dia, sinal vermelho. “Se é um curso de especialização, precisa de um critério básico para que os alunos tenham uma formação equivalente. Se não tiver, há muito desnivelamento”, diz Casagrande.

Isso sem contar a diminuição das chances de networking realmente relevante. “Se alguém aceitar você, sem conversar com você, sai fora”, afirma Dal Colletto.

5 – O curso é estático – É essencial que as disciplinas e os conceitos lecionados no curso de MBA sejam dinâmicos. Em outros termos, mudem de acordo com as demandas da sociedade.

“Se for muito parecido com o que é oferecido em qualquer graduação de administração, cuidado”, diz o especialista da Anamba. “O curso precisa de desafios e experiências. Você tem que suar a camisa e ficar contente com isso”.

A dica para checar se o que a escola vende na propaganda é realmente verdade é simples: basta pedir para participar de algumas aulas – antes de fazer a matrícula, claro.

6 – A escola não tem um pé no exterior (nem no mercado) – Os contatos que a instituição tem fora do país também são bons indicadores do que o curso pode proporcionar a você. A presença de professores estrangeiros no corpo docente (ou pelo menos, em alguns momentos do curso), a possibilidade de intercâmbio em instituições estrangeiras e a presença de alunos de outros países na sala de aula são bons sinais.

Mas não é só isso. A presença do mercado dentro da sala de aula também é essencial. Palestras com profissionais especialistas em determinadas áreas, visitas técnicas às empresas (e não ao show room delas), entre outros, são essenciais para a formação de um aluno de MBA.

7 – Trabalho de conclusão de curso? O que é isso? – Coloque na berlinda também o trabalho de conclusão de curso. Se a exigência é por um trabalho acadêmico, atenção. “Observe se este trabalho é prático, se pode ser aplicado ao seu contexto profissional e que resultados vai gerar”, aconselha Casagrande. “Os alunos, geralmente, trabalham. Vão gastar horas e horas em um projeto acadêmico apenas para ter uma nota?”.

8 – O número de alunos na sala assusta – Ao contrário do que reza o senso comum, uma turma pequena em um programa de MBA pode ser uma desvantagem. “Na pós, o professor não é dono da verdade”, afirma Casagrande. “A troca entre os colegas é fundamental”.

Por outro lado, uma turma grande também não é o melhor dos mundos já que afasta alunos do professor. O ideal, segundo o especialista, é procurar um meio termo. “Uma classe de 35 a 50 alunos seria o ideal”, opina.

A meu ver, os ítens 3 e 4 são os que considero mais importantes nessa relação, pois o primeiro definea relação vertical professor-aluno, enquanto a segunda define a relação horizontal aluno-aluno. Ora, que é mais importante que a troca de conhecimentos e experiências entre alunos, seus pares e professores?

É bom entender também que esse nível de MBA, apresentado nestas dicas, vai muito além do que a maioria esmagadora de instituições de ensino pode oferecer, afinal estamos num país em desenvolvimento (o eterno gerúndio que nos ilude de nossa realidade).

Mas não é por isso que não possamos, com base nesses conselhos, procurar um lugar para fazer nossa próxima especialização com mais critérios, exigir mais, ser mais ambicioso quanto ao retorno que esperamos receber. A solução para nós é procurar algo mais próximo desse ideal.

Até porque, além da obviedade da questão do valor de nosso suado dinheirinho, tem outro que costuma não perdoar, e esse é o mercado de Trabalho, exigente como sempre.

Portanto, não vale a pena arriscar se temos chances de ter uma formação mais consistente…ou vale? Dê sua opinião!

As 8 dicas em destaque são de publicação da INFO.

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