Chefe-crachá dá prejuízo na empresa ao gerar aumento de rotatividade de pessoal

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Tem chefe bom, sim acredito. Mas acredite também, esse fato está longe, muito longe de ser a regra. E por um simples fato: o peso do crachá, pensam eles, é o suficiente para mover seus colaboradores (???) a cumprirem o plano estratégico traçado unilateramente (diga-se de passagem).

É o que eu chamo de chefe-crachá: basta aparecer qualquer problema com o funcionário que ele vem com o crachá para impor sua opinião. Não existe conversa franca, troca de opiniões, aceitação de críticas.

Basta mandar e pronto! pra que complicar, pensam eles? Oras, a empresa paga os salários em dia, bom pacote de benefícios, quer mais o que para que dêem o máximo de si? Típica visão de chefe que não entende bulhufas de pessoas  e sua gestão.

O problema é que sabemos que esse tipo de gestão não tem vida longa e dá-lhe rotatividade na equipe, mesmo a empresa pagando bons salários.

Chefes que não procuram conhecer seu pessoal, quem são fora da empresa, quais as competências que tem fora da função que desempenham (e que poderiam ser exploradas para satisfação de ambos), que não costumam gastar nem poucos minutos por semana para bater um papo sobre os projetos em andamento e seus desempenhos… esse tipo de chefe é como capim, o que mais tem por aí.

Aí, para compensar a péssima relação chefe-funcionário, a empresa é obrigada a dar aumento para aquele talento que quer trocar de emprego, sem portanto, entender que dinheiro não é tudo.

Tanto é que tem muita gente que, mesmo depois de um aumento, troca de emprego para ganhar menos… tudo para se livrar do chefe-crachá.

A pesquisa divulgada pelo site Exame exemplifica bem essa situação:

De acordo com o estudo, 65% dos entrevistados consideram que um bom chefe traria mais felicidade do que um vencimento mais polpudo no fim do mês.

Apenas 36% dos entrevistados disseram estar feliz no trabalho. Cerca de 70% disseram que teriam uma vida profissional mais satisfatória se o relacionamento com o chefe fosse melhor. Entre os mais jovens, na faixa de 20 a 30 anos, o percentual sobre para 80%, de acordo com a pesquisa.

Metade dos entrevistados acredita que teria mais sucesso na carreira se tivesse um bom relacionamento com a chefia. A promessa de uma relação mais agradável com os superiores seria motivo suficiente para 60% dos entrevistados mudarem de emprego.

Isso porque 31% disseram que não se inspiram em seus líderes, sentindo-se pouco apreciados por eles. Quase 15% consideram que seus chefes são os culpados por se sentirem miseráveis, entediados e sozinhos durante o expediente.

Claro, existem funcionários que pensam que o mundo conspiram contra eles, se acham vítima o tempo todo, mas não é a essa minoria que me refiro.

Portanto, fica a dica para as empresas: tentem entender os reais motivos da alta rotatividade de pessoal na sua empresa. Não fique com o cômodo pensamento de que todo funcionário é mercenário.

Uma mudança de atitude na forma de gestão de pessoal pode representar uma solução muito mais econômica e duradoura para a empresa. Ela mexe somente com uma pessoa – o chefe – e pode com isso realinhar as expectativas de todos seus funcionários.

Ou então, caso continuem fazendo vista grossa a esse tipo comum de situação, que arquem o onus de ter o maior prejuízo, pois o mercado de trabalho atualmente, favorece mais ao empregado, com a alta demanda, principalmente na área de TI.

O destaque acima, no artigo é de publicação da Exame.

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