Gato escaldado tem medo de água fria…será?

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A crise mundial que presenciamos recentemente trouxe grande reflexos na conjuntura nacional. Embora o Brasil tenha sido pouco afetado por ela (ao menos se comparado com suas consequências no resto do mundo), não se pode negar que deixou marcas.

Demissão maciça em alguns setores e congelamento em outros (como na TI), o fato é que ninguém saiu imune da crise. Tanto empresas quanto funcionários, está todo mundo avaliando melhor antes de sair fechando negócio a torto e a direito. Trocar de emprego, assinar um novo contrato com fornecedor, iniciar um novo projeto ou qual retomar dentre os congelados… tudo tem que ser melhor pensado, sem se esquecer dos dissabores do passado recente.

Embora nesse momento o Brasil esteja se recuperando bem, ao que diz respeito a área de TI, e inúmeras pesquisas apontam para o aumento dos investimentos no setor, inclusive na contratação mais pessoal, isso não pode fazer-nos esquecer de tudo que passamos na crise.

Convém a todos nós manter a serenidade, planejar mais antes de sair pondo a mão na massa simplesmente porque alguém parece ter saído na frente. Isto não significa em tomar atitude covarde de não arriscar em nada, até porque o simples fato de permanecer na posição onde estamos há o risco de sermos arrancados de lá, ou na pior das hipóteses (sim, pior que demissão na minha opinião…), mofar em algum canto da empresa num trabalho sem perspectiva.

Destaco dois parágrafos do texto de Fernando Mantovani é Branch Manager da Robert Half em São Paulo, entitulado “As lições aprendidas com a crise“, onde apresenta alguns reflexos da crise no mercado, e que vale a pena a leitura:

A lição aprendida pelas empresas: dar maior importância ao processo de recrutamento. Contratar um profissional, antes uma operação que precisava ser rápida, passou a ser um processo mais robusto e exigente – as empresas querem ter a certeza de que estão fazendo as melhores escolhas. As etapas do processo de recrutamento estão mais longas. É preciso entrevistar mais candidatos, em mais etapas, incluindo mais pessoas participando do processo de decisão.

Do ponto de vista dos candidatos, a cautela também foi a lição aprendida com a crise. Ao contrário do que acontecia há um ano, quando muitos profissionais mudavam de emprego motivados pelos salários inflacionados, hoje eles avaliam a saúde financeira da empresa, o mercado onde ela atua, o que aconteceu com a empresa durante a crise e o que está acontecendo. Com um crivo mais apurado, os candidatos estão mais conservadores e receosos.

Esquecer o que o mundo passou nesse momento crítico da nossa história é de certa forma fácil para aquele que menos sofreu com a crise, porém há o grande perigo de se cometer erros graves já que não permitimos que se criem  em nós “anticorpos” necessários para resistir com eficácia a eventos dessa natureza. 

Aja com cautela em suas decisões, planeje com inteligência, peça opiniões aos mais experientes antes de desbravar um novo caminho em sua carreira profissional, em seu negócio. Não precisamos passar por experiências ruins se podemos aprender com que já trilhou esse caminho e assim evitá-las, certo?

A crise pela qual passamos certamente não será a última. Mas poderá ser menos dolorosa para nossa carreira se conseguirmos aprender, absorver as lições que o momento nos oferece. 

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