As mídias sociais mostraram seu valor mais uma vez por meio dos protestos massivos por todo o país. Seu poder foi mais uma vez subestimado, e desta vez foi o governo brasileiro a vítima mais recente a sofrer as consequências.
E olha que o Brasil mal chegou apenas agora a 50% de pessoas conectadas na internet. Imagine quando atingirmos os índices de alta conectividade dos países de primeiro mundo…
Ainda assim, essas redes, que as constituem, crescem a cada dia em maior velocidade, ao mesmo tempo em que aumenta a criação e integração das mais diversas ferramentas. O que torna, por sua vez, sua compreensão cada vez mais complicada e complexa, demandando assim profissionais mais capacitados para lhes compreenderem, interpretar suas mensagens e assim antever eventos.
As empresas (que costumam abrigar melhores profissionais e tecnologias que órgãos públicos) já vem sofrendo com isso há um bom tempo. Segundo artigo da ComputerWorld…
De acordo com um relatório da Harvard Business Review, intitulado “The New Conversation: Taking Social Media from Talk to Action”, 79% das empresas estão usando ou planejando usar canais de mídia social, mas apenas 12% acreditam que estão usando-os de forma eficaz.
O pior é que o povo (mesmo considerando apenas estudantes) tem uma opinião pré-concebida de que mídias sociais é algo simples, tanto como navegar no Facebook. Veja o que mais diz o artigo:
“Você conversa com os alunos, e muitos deles pensam que sabem tudo sobre mídias sociais”, diz William Ward, professor de mídia social da S.I. Newhouse School of Public Communications, na Universidade de Syracuse.
“Mas tente fazer outras perguntas, como: ‘Você promove integração de conteúdo em múltiplas plataformas? Você faz análise eficazes para conhecer melhor a sua comunidade, saber como ela é? Você está usando listas no Twitter ou círculos no Google+ para organizar seus grupos?’ A resposta, na maioria dos casos, será não”, diz Ward. “A mídia social é mais do que apenas ter uma conta do Facebook ou Twitter, e é isso que estamos tentando ensiná-los.”
Não é à toa que concursos especializados e certificações começam a aparecer pelo mundo afora. Veja os detalhes sobre alguns cursos e certificados na área de Mídias Sociais:
No ano passado, a Newhouse tornou-se a primeira instituição a cooperar com a empresa de gestão de mídia social HootSuite, em um piloto de um curso de formação e certificação em mídia social chamado University HootSuite.
Entre outras empresas que oferecem treinamentos e certificações estão a HubSpot, o National Institute for Social Media e o Mediabistro. Já entre as faculdades e universidades que já estão capitalizando a tendência estão a UCLA Extension School e a Harvard Extension School, que oferecem um Certificado de Marketing com ênfase em mídias sociais e web analytics. Dezenas de outras faculdades e universidades também estão seguindo o exemplo.
Essas certificações, no entanto, não saem barato: variam de 31 dólares por mês a cerca de 5 mil dólares por mês, segundo Steven Levy, diretor-gerente da BluewaterLabs, uma agência de recrutamento e consultoria, cético sobre o aumento das certificações de mídia social.
E o Brasil não fica para trás…
No Brasil, não faltam cursos de pós-graduação em mídias sociais e Social Business, ofertados por instituições de renome como a Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), a Fundação Armando Alvares Penteado (FAAP) e muitas universidades públicas e privadas.
Como você pode ver, existem boas opções para se especializar em mídias sociais, seja no Brasil ou no Exterior.
As empresas, e agora o Governo, começam a dar mais atenção a seu valor, sua força construtiva, assim como destrutiva, se mal utilizada.
Deverão, como consequência, buscar profissionais mais preparados para assumir os grandes desafios que se apresentam, o que lhe abre uma boa oportunidade de carreira, caso se identifique com essa área da TI. O que acha?
Os destaques acima são citações de artigo da ComputerWorld.
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